UE trabalhará com partes remanescentes para salvar acordo nuclear com Irã, segundo Borrell

Fonte: Xinhua    24.08.2020 09h26

Josep Borrell, o Alto-Representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores e Política de Segurança, afirmou que o bloco trabalhará para preservar o acordo nuclear com o Irã depois que os Estados Unidos tentaram reimpor sanções ao país.

Ele fez os comentários em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, na quinta-feira, afirmou o Serviço de Ação Externa da UE (EEAS) em um comunicado à imprensa na sexta-feira.

Em conversa com Lavrov, Borrell reafirmou sua determinação em continuar trabalhando com a Rússia, os outros participantes restantes do Plano de Ação Global Conjunto (JCPoA) e a comunidade internacional para preservar o acordo.

O serviço de ação externa da UE anunciou na sexta-feira que uma reunião da Comissão Mista do JCPoA acontecerá em Viena, Áustria, no dia 1º de setembro, com a presença de delegados da China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Irã.

Na manhã desta quinta-feira, os EUA enviaram uma carta ao Conselho de Segurança da ONU solicitando o início do mecanismo de "snapback", que permite a um participante do JCPoA buscar a reimposição contra o Irã das sanções multilaterais levantadas em 2015 de acordo com a resolução 2231, adotada pelo Conselho de Segurança da ONU.

Borrell afirmou em um comunicado na noite de quinta-feira que os EUA perderam terreno para acionar o mecanismo de "snapback" ao se retirar do acordo em 2018.

"Como coordenador da Comissão Conjunta JCPOA, continuarei fazendo todo o possível para garantir a preservação e a implementação completa do JCPoA por todos", disse Borrell, destacando que o JCPoA continua sendo um pilar fundamental da arquitetura global de não proliferação, contribuindo para segurança regional.

O JCPoA foi assinado pelo Irã em julho de 2015 com a Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e os Estados Unidos, juntamente com a UE.

Os EUA, com o presidente Donald Trump, se retiraram do JCPoA no dia 8 de maio de 2018 e reimporam as sanções unilateralmente a Teerã, apesar das objeções da comunidade internacional.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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