Adiamento de eleições em Hong Kong visa garantir segurança na saúde pública

Fonte: Diário do Povo Online    03.08.2020 10h45

O total apoio do país durante a grave situação de pandemia em Hong Kong e a decisão do governo local de adiar as eleições legislativas ofereceram a esperança de que o surto possa ser controlado, de acordo com analistas de vários setores.

Os comentários surgiram após a cidade ter registrado picos diários de três dígitos de novos casos por 12 dias consecutivos no domingo. A contagem total foi de 3.511 casos confirmados e 34 mortes.

A província de Guangdong selecionou 60 técnicos para apoiar Hong Kong, tendo sete deles chegado à cidade no domingo. A província também prometeu oferecer mais recursos médicos, atendendo às demandas locais.

Wuhan, na província de Hubei, a cidade chinesa mais atingida pela Covid-19, conseguiu acumular experiência na construção de hospitais temporários e em breve enviará seis especialistas para ajudar a converter a AsiaWorld-Expo de Hong Kong em um hospital de campanha e construir um novo hospital temporário na cidade.

O primeiro hospital improvisado de Hong Kong, construído na AsiaWorld-Expo com assistência de especialistas do continente, começou a operar no sábado como um centro de triagem para pacientes. No domingo, 31 pacientes haviam sido enviados para lá.

O hospital oferece agora 500 leitos e poderá acomodar no máximo 2.000 pacientes no futuro. Segundo as autoridades, 31 banheiros, seis chuveiros móveis e duas salas públicas com sofá, mesas e televisões estão disponíveis no hospital. Outros 18 chuveiros serão instalados e os pacientes poderão tomar banho em diferentes intervalos de tempo.

O primeiro hospital de cabines da cidade foi estabelecido em sete dias antes de começar a admitir pacientes. Os especialistas do continente auxiliaram na projeção, construção e gerenciamento.

O secretário financeiro de Hong Kong, Paul Chan Mo-po, escreveu em seu blog no domingo que a ajuda do país é crucial para Hong Kong superar o vírus, já que suas estratégias de prevenção de pandemias se mostraram eficazes. A maioria das cidades da parte continental já controlou a epidemia e voltou à normalidade.

Hong Kong precisa de aproveitar a experiência obtida para conter a pandemia, disse Chan.

À luz da epidemia, Tso disse que sua vida tem sido dura, já que a renda média dos taxistas da cidade caiu mais de 70% em comparação com a situação prévia ao surto.

Tso disse que, com a assistência do continente, ele espera que a situação possa ser controlada e que todos os moradores possam voltar a viver uma vida normal.

Observando que o sistema público de saúde da cidade está chegando ao limite e os trabalhadores médicos da linha de frente local estão sob grande pressão, Chan disse que é uma medida natural e razoável que o governo central envie especialistas para a Região Administrativa Especial de Hong Kong como esforço para combater a epidemia.

Dada a situação crítica, o governo de Hong Kong anunciou na sexta-feira que atrasaria a eleição do Conselho Legislativo por um ano para 5 de setembro de 2021.

Tung Chee-hwa, vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, descreveu a decisão como "legal e razoável" e disse que uma consideração cuidadosa foi dada a todos os fatores para chegar à melhor solução.

Ele disse que os políticos da oposição que criticam a medida estavam colocando a política acima da saúde pública.

Margaret Chan Fung Fu-chun, ex-diretora geral da Organização Mundial da Saúde, alertou que o sistema de saúde de Hong Kong já está sobrecarregado em meio à pandemia. Ela alertou para possíveis "consequências desastrosas" se a situação da epidemia fosse desvalorizada e a tomada de medidas atrasada.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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