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Opinião: a faceta hipócrita do “Matrix” americano

Fonte: Diário do Povo Online    28.07.2020 13h32

Zhong Sheng

Se atentarmos na arena política americana, são facilmente identificados alguns intervenientes que orquestram obsessivamente uma “máquina de mentiras” doméstica. Estas “máquinas” têm sido recentemente utilizadas para denegrir constantemente a China.

Um relatório recentemente avançado pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado Americano no qual a China é acusada pelo seu desenvolvimento de tecnologias digitais é um produto desta “máquina” que distorce o desenvolvimento de tecnologia, transformando-o em “autoritarismo digital”, caluniando as operações da China em todo o mundo. Nele é abordada a censura de informação e uma tentativa de conquistar aliados para estabelecer o chamado "fundo de direitos digitais" e "academia militar cibernética" para "conter" a China. O objetivo de produzir algo desta natureza é confundir o público, mas o resultado apenas servirá para expor ainda mais a intenção sinistra dos EUA de politizar a tecnologia digital e suprimir o desenvolvimento tecnológico da China.

A inveja dos EUA deriva das práticas eficientes, baseadas na ciência e tecnologia, impostas pela China contra a pneumonia do novo coronavírus. A ciência e tecnologia são armas eficientes, que não podem ser negligenciadas para os humanos fazerem frente a doenças e outras ameaças.

A China implementou serviços de dados de prevenção e controle epidemiológico com base na lei, visando a proteção da vida e da saúde do povo chinês, permitindo que as tecnologias digitais, como a inteligência artificial, big data, computação na nuvem e biométrica desempenhem um papel na prevenção e controle de patologias e na recuperação econômica e social. Em um momento crítico em que humanos batalham contra o vírus, alguns políticos americanos fazem juízos com base em ideologias, jogos políticos, calúnia e hipocrisia.

A intenção dos EUA de manter a sua “hegemonia digital” está à vista de todos. O relatório elaborado pelo Comitê das Relações Exteriores do Senado americano tem por hábito hiperbolizar a “liderança” da tecnologia americana, advogando que os EUA devem desempenhar um “papel de liderança”. Porém, paira um medo implícito da competição livre, especialmente se da China se tratar.

A nomenclatura usada neste relatório é contraditória e repleta de afirmações dúbias. Ela reflete a mentalidade de alguns políticos americanos de impedir a ciência e a tecnologia de beneficiarem toda a humanidade, confirmando também a conspiração da hegemonia tecnológica estadunidense. Já todos perceberam a duplicidade de padrões de alguns políticos americanos quando alegam que “a tecnologia digital promove o desenvolvimento econômico” e fazem comentários irresponsáveis que obstruem a cooperação da China com países em desenvolvimento, na construção da sua infraestrutura digital.

Durante muito tempo, os Estados Unidos têm violado o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais, implementando ataques cibernéticos em larga escala, monitorando e vigiando governos, empresas e indivíduos estrangeiros. Desde o caso "WikiLeaks" ao "incidente de Snowden" à "máquina de Encriptação Suíça", os Estados Unidos são notórios pela sua imoralidade. Cada escândalo associado ao "Matrix" americano surpreende tudo e todos: os Estados Unidos são o maior invasor cibernético do mundo. Os vários resultados da pesquisa do Pew Research Center ao longo dos anos mostram que mais de 90% dos americanos "não confiam" na privacidade e segurança dos seus dados; pelo menos 64% sofreram com problemas de violação de dados; cerca de 42% do público não confia no governo federal dos EUA e na capacidade das redes sociais protegerem informações pessoais. Em 2019, a proporção de americanos preocupados com a retenção de informações pessoais pelo governo dos EUA para fins desconhecidos aumentou para 64%. Impõe-se a pergunta: por que motivo alguns políticos americanos não refletem seriamente sobre a insegurança e a desconfiança dos seus compatriotas?

O progresso tecnológico da China decorre do desenvolvimento econômico e social e da necessidade inerente das pessoas por uma vida melhor, da adesão à lei do desenvolvimento da abertura e da cooperação e da sinceridade da China em contribuir para o bem-estar da população mundial. Como apontou Martin Wolf, o principal comentarista econômico do "Financial Times" britânico, "barrar o fluxo de tecnologia para a China é algo fadado ao fracasso". Em última análise, o progresso científico e tecnológico da China está baseado na autoconfiança e no trabalho árduo. A China se tornou uma das potências tecnológicas com influência global, e nenhuma supressão política poderá impedir o seu progresso. 

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