Vacina contra a COVID-19 que está sendo testada no Brasil terá resultados até novembro

Fonte: Xinhua    01.07.2020 09h30

Rio de Janeiro, 30 jun (Xinhua) -- A vacina contra a COVID-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica britânica Astrazeneca e começou a ser testada no Brasil terá os resultados preliminares da última fase de estudos entre outubro e novembro deste ano, segundo informou nesta segunda-feira a diretora-médica da empresa no país, Maria Augusta Bernardini.

Em videoconferência organizada pela Embaixada britânica no Brasil, Bernardini afirmou que "o estudo da fase 3 (quando se fazem testes clínicos em humanos) tem uma duração total de um ano e os voluntários serão acompanhados durante um ano, mas por volta de outubro ou novembro, esperamos ter os resultados preliminares sobre sua eficácia".

Segundo a diretora da Astrazeneca, se os resultados forem positivos, a farmacêutica pretende pedir às agências reguladoras uma autorização de registro em caráter de exceção para permitir que a vacina comece a ser disponibilizada, embora a previsão possa mudar, dependendo da evolução da pandemia.

No último sábado, o governo brasileiro anunciou a assinatura de uma carta compromisso com a farmacêutica e a Universidade de Oxford para que a vacina possa ser produzida no Brasil, através de transferência de tecnologia para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a Fiocruz, caso os primeiros resultados sejam positivos ,o Brasil poderia já ter a vacina no primeiro semestre de 2021.

Os testes com a vacina no Brasil começaram na semana passada, com 2.000 voluntários.

O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina, e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão.

"O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo", disse Bernardini.

A diretora-médica da Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o Brasil.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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