O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na segunda-feira que a presença da Covid-19 passará a ser o novo normal nos próximos meses, em um momento em que a pandemia conta com mais de 10 milhões de infetados em todo o mundo, incluindo quase 500.000 mortes.

"A questão crítica que todos os países enfrentarão nos próximos meses é como viver com este vírus. Essa é a nova normalidade", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma entrevista coletiva.

Ele acrescentou que, embora muitos países tenham feito algum progresso contra a Covid-19, a pandemia está acelerando globalmente.

De acordo com os últimos números da OMS, desde as 15h15 de segunda-feira, a população total infetada em todo o mundo atingiu 10.021.401, incluindo 499.913 mortes.

"Há seis meses atrás, nenhum de nós poderia imaginar como o nosso mundo - e as nossas vidas - seriam lançados em um tumulto por causa desse novo vírus", disse o chefe da OMS.

"A pandemia trouxe à tona o melhor e o pior da humanidade", continuou. "Em todo o mundo, vimos atos emocionantes de resiliência, criatividade, solidariedade e bondade. Mas também vimos de sinais de estigma, desinformação e politização da pandemia".

Ele instou todos os países a priorizar cinco conjuntos de medidas para salvar vidas, incluindo capacitar comunidades e indivíduos para se protegerem e proteger os outros, suprimindo a transmissão de vírus, salvar vidas com oxigênio e dexametasona, por exemplo, acelerar a pesquisa sobre a Covid-19 e fortalecer a liderança política e a solidariedade.

Tedros também anunciou um cronograma atualizado e detalhado da resposta da OMS à pandemia para que o público entenda como o órgão de saúde da ONU está respondendo ao surto.