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Especialistas respondem a questões-chave sobre Covid-19

Fonte: Diário do Povo Online    16.06.2020 09h47

Wu Zunyou concede uma entrevista a CCTV

Wu Zunyou e Zeng Guang, epidemiologista chefe e investigador, respetivamente, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, responderam a algumas questões sobre os casos de Covid-19 detetados em Beijing.

Porque é o mercado de Xinfadi suspeito de ser a fonte do surto mais recente de Covid-19 em Beijing?

Wu: normalmente, quanto mais baixa a temperatura, mais tempo o vírus consegue sobreviver. Nesse tipo de mercados, os produtos marinhos são congelados, permitindo que o vírus sobreviva por muito tempo, resultando em uma maior probabilidade de transmissão para as pessoas. Adicionalmente, um grnade número de pessoas entra e sai desses sítios, sendo que um só portador do vírus pode causar a propagação nesses locais. Como todos os casos confirmados deste surto tinham passado no mercado, maior atenção foi dada ao local.

Qual é a fonte de transmissão do vírus no mercado? São as pessoas, alimentos, como carne e peixe, ou outros produtos vendidos no local?

Wu: é muito difícil concluir com exatidão a fonte da transmissão. Não podemos concluir que o salmão vendido no mercado é a fonte apenas com base nas tábuas de corte de alimentos no mercado terem sido testadas e acusado a presença do vírus. Pode haver outras possibilidades como a de um dono de uma tábua estar infetado, ou outra comida vendida alojar o vírus, ou um comprador de outras cidades fazer com que o vírus se espalhe no mercado. O fluxo de pessoas no mercado é grande, e muitas coisas são lá vendidas. É improvável que a fonte exata seja detetada rapidamente.

Antes do surto, Beijing não havia reportado novos casos de Covid-19 localmente transmitidos por mais de 50 dias, por isso, o coronavírus não deverá ter originado no mercado. Se for confirmado após a investigação que nenhum dos novos casos que testou positivo para o vírus tenha sido infetado em Beiijng, isso significa que o patôgeno deve ter originado do exterior ou de outros locais da China através da circulação de produtos contaminados.

Qual é o risco de maior propagação do vírus em Beijing?

Wu: neste momento, a tarefa-chave para controlar e prevenir a Covid-19 em Beijing é identificar a fonte de transmissão e encontrar todos os contactos próximos dos casos confirmados, de modo a prevenir novas contaminações. Beijing tem estado a responder muito rápido desta vez, e tenho total confiança no controle da epidemia na cidade.

Esforços árduos são precisos para reduzir os riscos de nova contaminação, incluindo o envio de um grande número de profissionais para investigar os contactos de pacientes confirmados e a realização de análises laboratoriais às amostras do vírus tão rápido quanto possível.

Com base nas informações conhecidas, a nova vaga do surto tem sido contida nas áreas adjacentes ao mercado Xinfadi, sendo que o vírus não se espalhou pela capital, ameaçando a sua população de mais de 20 milhões.

A que devem os cidadãos de Beijing prestar mais atenção durante este foco epidemiológico?

Wu: A população não deverá entrar pânico, dado que acumulamos vasta experiência no controle e tratamento da epidemia.

As autoridades da cidade publicaram as movimentações de todos os casos confirmados, por isso os residentes que estiveram nos locais afetados deverão prestar maior atenção ao seu estado de saúde e fazerem testes, se necessário. Para os outros residentes, é ainda fundamental manter bons hábitos, como usar máscaras em locais com pouca ventilação e a lavagem frequente das mãos. 

É necessário realizar testes de ácido nucleico a toda a população de Beijing?

Zeng: Não. Mas os testes são necessários nas lojas e áreas residenciais onde produtos do mercado Xinfadi são vendidos, bem como restaurantes com ligações a esse mercado.

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