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Impacto epidêmico na economia da China é significativo, mas temporário, diz funcionário governamental

Fonte: Xinhua    23.05.2020 09h39

Beijing, 22 mai (Xinhua) -- O impacto da epidemia da COVID-19 na economia da China é significativo, mas será de curto prazo e temporário, disse nesta sexta-feira um alto funcionário do principal órgão de planejamento econômico do país.

He Lifeng, chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, conversou com jornalistas à margem da terceira sessão da 13ª Assembleia Nacional Popular, a legislatura nacional da China, aberta nesta sexta-feira.

"A julgar pelos fundamentos da economia chinesa, a tendência positiva de desenvolvimento não mudou", disse He. "O setor agrícola continuou mantendo uma boa dinâmica de desenvolvimento. As indústrias emergentes desfrutam de um bom impulso de crescimento, enquanto as tradicionais estão se recuperando bem."

Os setores de consumo da indústria terciária, os que mais sofreram com o impacto da epidemia, também estão se recuperando forte e ordenadamente, segundo He.

A China é capaz de e está determinada a continuar promovendo o desenvolvimento estável, sólido e sustentável da economia, afirmou.

De acordo com um relatório de trabalho do governo submetido à legislatura nacional para deliberação na sexta-feira, a China não estabelece nenhuma meta específica de crescimento econômico para 2020, pois o país enfrenta alguns fatores difíceis de prever em seu desenvolvimento devido à grande incerteza em relação à pandemia da COVID-19 e ao ambiente econômico e comercial mundial.

"À medida que a epidemia da COVID-19 continua a se espalhar pelo mundo, seu impacto na economia dos países atingidos pelo vírus continua a ser visto", disse.

"Não estabelecer nenhuma meta específica para o crescimento econômico nos permitirá focar na expansão contínua da demanda doméstica e na garantia de estabilidade nas seis frentes e segurança nas seis áreas", disse.

As seis frentes referem-se ao emprego, setor financeiro, comércio exterior, investimento estrangeiro, investimento interno e expectativas. As seis áreas referem-se à segurança de emprego, necessidades básicas de vida, operações de entidades de mercado, segurança de alimentos e de energia, cadeias industriais e de suprimentos estáveis, e funcionamento normal dos governos de nível primário.

"Também nos permitirá nos concentrar no avanço vigoroso da reforma estrutural do lado da oferta, do desenvolvimento econômico de alta qualidade, na criação e na captação de novas demandas e na formação de um forte mercado interno", disse He.

A China dará prioridade à estabilização do emprego, à garantia da subsistência, à vitória na luta contra a pobreza e ao cumprimento do objetivo de construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, disse.

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