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Assembleia Mundial da Saúde: especialistas internacionais apelam à cooperação

Fonte: Diário do Povo Online    18.05.2020 16h23

A 73ª Assembleia Mundial da Saúde terá lugar nos dias 18 e 19 de maio, através de vídeoconferência. Os especialistas reunidos consideram a Covid-19 o inimigo comum de toda a humanidade, sendo que os estados membros da OMS devem se focar na cooperação, ao invés da politização de questões de saúde pública.

As mais recentes estatísticas da ONU apontam para a existência de mais de 4,4 milhões de casos confirmados de infeções por Covid-19 no mundo e mais de 300,000 mortes.

 “A epidemia do novo coronavírus afeta todos os seres humanos. Enquanto a epidemia estiver ativa em um país, a comunidade internacional não poderá equacionar a segurança absoluta”, afirmou Liu Guoen, especialista afiliado à Universidade de Pequim e membro do conselho de especialistas da China para o combate à propagação da epidemia.

O papel das organizações internacionais não pode ser substituído no reforço da cooperação global. Desde o início do surto epidêmico do novo coronavírus, a OMS tem mantido uma posição objetiva, científica e justa, cumprindo ativamente suas responsabilidades. No entanto, determinados países, embora não tenham conseguido conter a expansão do vírus, tentam desenfreadamente desacreditar a OMS, ameaçando com “cortes de financiamento” e em “abandonar o grupo”.

 “Qualquer organização importante não pode funcionar sem o apoio dos estados membros. Entre eles, as responsabilidades das potências são particularmente importantes”. Chen Xulong, diretor do Instituto de Pesquisa Estratégica da Academia Chinesa de Estudos Internacionais, afirmou que a China doou recentemente $50 milhões à OMS para apoiar os esforços de controle e prevenção do novo coronavírus em países em desenvolvimento.

Recentemente, alguns países, nos quais se incluem os Estados Unidos, alegam que a OMS tem de convidar Taiwan para participar como observador nesta conferência. A este respeito, os analistas destacam que a participação de Taiwan na Assembleia deverá ser tida em conta com base no princípio de uma só China.

O Partido Progressista Democrático (PPD), desde o início do mandato em 2016, tem insistentemente aderido à postura separatista da “independência de Taiwan”, recusando-se a reconhecer que ambos os lados do estreito pertencem à mesma China. Deste modo, a base política para Taiwan participar na conferência da OMS deixa de existir. A ilegibilidade de Taiwan participar na assembleia deve-se somente à posição adotada pelas autoridades do PPD.

Os analistas destacaram que a insistência de alguns países em discutir algumas propostas de Taiwan tem o mero propósito de politizar questões de saúde. Segundo eles, estes países não hesitarão em causar distúrbios à troca de ideias no âmbito da OMS e em comprometer, em proveito próprio, a cooperação no combate à epidemia.

Relativamente à reivindicação de Taiwan de que a sua ausência na Assembleia Mundial de Saúde constitui uma “lacuna na prevenção epidemiológica internacional”, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, comentou recentemente que os canais para a obtenção de informação de Taiwan estão desobstruídos, sendo que não existe tal “lacuna internacional”.

Em janeiro deste ano, o governo central da China recebeu epidemiologistas de Taiwan, que se deslocaram a Wuhan para investigar a situação. A 15 de maio, o governo central notificou Taiwan da evolução da situação por 152 vezes. Sob a premissa do princípio de uma só China, dede 2019, um total de 16 grupos de 24 especialistas de saúde de Taiwan na China participaram em várias atividades técnicas da OMS.

Wang Yingjin, diretor do Centro de Investigação para as Relações entre o Estreito, da Universidade Renmin da China, realçou: “A manipulação política das autoridades do PPD, usando a epidemia em prol da ‘independência’, interferirá profundamente com o desenrolar da conferência e comprometerá a cooperação internacional”.

Com base no consenso atingido pelo comitê executivo da OMS, a conferência deste ano irá apenas abordar as questões necessárias, como a questão do coronavírus e a eleição de membros para o comitê. A agenda foi amplamente reduzida. “Tal reflete o profundo desejo da maioria dos estados membros de aproveitar a conferência para aprofundar a cooperação internacional e unir esforços no combate à pandemia”, concluiu Wang Yingjin. 

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