Comentário: perguntamos de novo aos políticos americanos, estes são os direitos humanos que tanto propalam?

Fonte: Diário do Povo Online    09.05.2020 09h00

“Os EUA são especialistas a destruir as pessoas respeitando a humanidade”. Esta é uma tirada famosa de Toqueville, um famoso pensador político francês, meio século após a fundação dos EUA. Cerca de 200 anos depois, as suas considerações reafirmam-se, uma e outra vez.

O necrotério de Nova Iorque estava tão sobrecarregado que os corpos das vítimas mortais tiveram de passar a ser transportados envoltos em lençóis. O crematório trabalhou sem parar durante 24 horas e o estado decidiu transportar os restos mortais das vítimas do coronavírus para uma ilha desabitada. Devido aos elevados custos de tratamento, deixaram de haver seguros para os afetados no fundo da pirâmide social.

Em apenas 8 semanas, o número de mortes da epidemia nos EUA excedeu o total do número de soldados americanos que perderam a vida na Guerra do Vietnã. A crise humanitária causada pela resposta deficiente do governo representa uma tragédia para os EUA.

Com que estarão afinal os políticos americanos ocupados? O presidente Trump que, nas suas palavras, tinha dificuldade em dormir à noite dado o pranto pela situação no país, foi para Camp David no fim de semana. O secretário de Estado, Mike Pompeo, alardeou ter “muitas provas” que o novo coronavírus havia originado no laboratório de Wuhan, mas não conseguiu avançar com nada conclusivo. Pete Navarro, conselheiro da administração da Casa Branca, e um grupo de senadores, como Marco Rubio, estão desesperados por denegrir a China, tentando de tudo para conspurcar a imagem do país.

Foram precisos menos de 100 dias para o número de casos confirmados passar de 1 para um milhão de casos nos EUA. Durante este período os políticos americanos foram lentos na tomada de decisão, alegando que o vírus não era tão sério como a gripe e que os testes em larga escala haviam sido atrasados. Trump sabe da seriedade da epidemia mas desvaloriza-a, dizendo até que o número de mortos “não é mais do que 100,000, o que quer dizer que fiz um bom trabalho”. Pompeo, Rubio e outros apregoam o slogan dos direitos humanos, atacam a China, cortam o apoio à OMS, sancionam Cuba, o Irã, etc. Não só silenciaram o fogo perante uma crise humanitária dentro do próprio país, como tentaram despoletar outras crises no resto do mundo.

A intertextualidade da história conturbada dos EUA e a realidade atual demonstram o verdadeiro significado do conceito de “direitos humanos” dos EUA: apoderamento dos direitos humanos dos outros para satisfazer a própria ganância.

As pessoas com o mínimo de consciência em todo o mundo devem compreender que os políticos americanos que descartam suas vidas, não são qualificados para se chamarem de “defensores dos direitos humanos”. Eles elaboram mentiras e armadilhas, culpando os outros em benefício próprio. Todavia, não conseguem sequer responder à questão mais simples, no âmago da natureza humana: perante a morte de dezenas de milhares de vidas, têm alguma dor na consciência?

Se é que têm consciência.

 

 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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