Opinião: Pompeo recorre a culpabilização alheia para justificar falta de capacidade

Fonte: Diário do Povo Online    30.04.2020 15h51

Por Jing Sanguan, Diário do Povo Online

O surto súbito de Covid-19 tem testado profundamente a personalidade de cada país e de suas individualidades. Defronte deste desastre global, enquanto muitos dizem presente para encarar o desafio, outros têm atitudes lamentáveis. Alguns políticos americanos, representados por Mike Pompeo recorrem frequentemente à mentira, calunia e difamação na forma como conduzem a diplomacia, ignorando as vidas de milhões de pessoas, não poupando esforços para obstruir a resistência internacional.

Internamente, as falhas de Pompeo constituem um obstáculo à recuperação dos EUA na questão da pandemia. Muitos analistas americanos destacam que Pompeo não conseguiu, até ao momento, êxitos relevantes no seu trabalho durante a pandemia. O Washington Post chegou mesmo a o nomear de “pior secretário de Estado na história americana”. Tal como refere o website de notícias Politico, Pompeo não só demonstrou incompetência na sua liderança, mas usou também a epidemia para atacar maliciosamente os supostos oponentes dos EUA, debilitando a cooperação anti-epidêmica urgentemente necessária.

Externamente, Pompeo continua seus esforços de obstruir a cooperação internacional no combate contra a epidemia. Na OMS, Pompeo recorre à separação e à extorsão, demonstrando uma total despreocupação com casos como Cuba, Irã, Venezuela e outros países. O secretário de Estado enviou inclusive aviões militares para se apoderar dos suprimentos de países terceiros. Enquanto chefe da diplomacia da maior super potência mundial, Pompeo não demonstra qualquer comedimento nas suas palavras e ações.

“Sr. Secretário de Estado, use um drone por favor, use de novo!”, satirizaram os internautas no Twitter de Pompeo. A promoção de “pressão extrema” por parte de Pompeo no Irã e outros países é consistente com a prática do uso de drones para assassinar o líder militar iraniano Soleimani, consistente com o desrespeito dos direitos soberanos de outros países.

“A OMS recebe financiamento dos contribuintes americanos e, por isso, deve servir os americanos”. Pompeo qualificou abertamente as organizações internacionais como “servos” dos EUA, e declarou arrogantemente que os EUA não irão mais financiar a OMS. A publicação médica global “The Lancet” lançou um artigo no dia 25 de abril, no qual explica que o corte de financiamento dos EUA em uma situação de emergência como a atual constitui um crime contra a humanidade.

Pompeo trasladou as táticas do tempo em que era diretor da CIA para o plano diplomático, contorcendo fatos e espalhando rumores. Em várias ocasiões, deliberadamente utilizou o rótulo racista “vírus de Wuhan”, afirmando que a China escondeu a epidemia. Foi assim que o secretário de Estado tentou desencadear uma reação de ira entre a China e o resto da comunidade internacional.

No entanto, a comunidade internacional não reconhece a performance de Pompeo e não aceita o estigma que ele procura impor. Em comparação com Pompeo, que não permite à OMS investigar os EUA, a reação da China na notificação da epidemia à comunidade internacional é clara. Em comparação com a ajuda de Pompeo, a assistência da China aos outros países é sincera e foi retribuída com agradecimentos sinceros. Uma mentira dita muitas vezes, não deixa de ser uma mentira. O reportório do Partido Republicano é pobre e Pompeo, um dos protagonistas, é ainda mais embaraçoso.

Com o avanço da epidemia em todo o mundo, Pompeo continua a preferir o caminho da especulação política. Enquanto oficial da diplomacia americana, Pompeo não revela qualquer sentido de profissionalismo e responsabilidade. A sua conduta não só não permite que “a América seja grande de novo”, como já destruiu a reputação da diplomacia do país. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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