Opinião: é preciso resistir às ameaças à civilização moderna

Fonte: Diário do Povo Online    28.04.2020 14h04

Zhong Sheng

Recentemente, o jornal australiano Daily Telegraph de Nova Gales do Sul, fez uma montagem com o design do emblema nacional chinês, associando-o ao novo coronavírus. O emblema nacional é o símbolo de um Estado soberano, sendo sagrado e inviolável. O jornal australiano politizou a epidemia, desprezando conceitos básicos de justiça e da moral, ferindo os sentimentos do povo chinês. Tal conduta não pode ficar impune.

A pandemia do novo coronavírus serve de medidor da ética global, podendo testar os padrões de uma civilização. A imprensa é um gravador da história, devendo, de forma consciente, preservar a integridade moral, bem como encorajar e defender os valores básicos da civilização humana.

O jornal australiano estigmatizou intencionalmente a China, incitando ao racismo, atacando os valores alcançados pela civilização moderna.

O rastreamento de um vírus é uma questão científica e profissional rigorosa. Desde o início do surto do novo coronavírus, a OMS tem repetidamente enfatizado: “No que concerne à origem de qualquer doença, ela pode originar de qualquer sítio”. Um total de 16 juristas internacionais emitiram recentemente uma nota na revista britânica de medicina The Lancet. Rumores, racismo e xenofobia comprometeram esforços para salvar pessoas de emergências como o novo coronavírus, referem. O jornal australiano desacreditou os avisos explícitos da OMS e dos juristas internacionais de saúde, o que é lamentável.

A cobertura da imprensa deve ser consciente e baseada em fatos. Respeitando os princípios da vida e das pessoas, a prevenção epidemiológica na China tem vindo a ser continuamente consolidada. Ao aderir ao conceito de comunidade de destino comum para a humanidade e promover o espírito humanitário internacional, a China participa ativamente e promove a cooperação internacional na luta contra epidemias. Nem os resultados atingidos no cenário doméstico ou o papel desempenhado na cooperação global podem ser desvalorizados. O jornal australiano não tem interesse em refletir tais realidades objetivas, mas com o seu preconceito ideológico inerente, distorce a realidade, revelando a sua falta de profissionalismo.

O controle e prevenção global contra a pandemia é uma corrida contra o tempo para salvar vidas. Os meios de comunicação devem desempenhar um papel construtivo na promoção da cooperação global contra a epidemia. O Daily Telegraph ignorou a condenação do consulado geral da China em Sidney e caluniou maliciosamente a China. No dia 1º de abril, o consulado chinês enviou uma carta ao jornal, refutando seus relatos arrogantes e preconceituosos contra a China durante a epidemia. Desde então o jornal continua a desacreditar a China e o seu povo, distanciando-se de um trabalho objetivo e justo.

Os fatos são irrefutáveis. A renomada revista científica britânica Nature publicou recentemente editoriais pedindo para parar com a estigmatização do novo coronavírus em três plataformas, em chinês e inglês, respetivamente. O artigo confessa que quando a OMS propôs a nomenclatura oficial do vírus em fevereiro, tal tinha o propósito de desencorajar associações errôneas do patôgeno com Wuhan e com a China, algo que a Nature vinha fazendo. Com efeito, a Nature escreveu no artigo: “A nossa conduta inicial estava errada. Assumimos a responsabilidade e pedimos desculpas”. Em comparação com a atitude responsável, o Daily Telegraph demonstra uma postura limitada e obscura.

Os comentários racistas sobre o novo coronavírus, bem como a descriminação racial daí resultante, consistem em provocações à civilização moderna. A comunidade internacional deve saber resistir a este tipo de provocações. Todos os meios de comunicação responsáveis do mundo devem manter-se do lado da justiça e proteger os valores básicos da humanidade.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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