Opinião: a globalização é irreversível

Fonte: Diário do Povo Online    31.03.2020 15h30

 Por Yan Yu, Diário do Povo

Equipa de voluntários da Cruz Vermelha Chinesa discute com o ministro da Saúde e do Ambiente local medidas de controle e prevenção contra o novo coronavírus em Bagdade. Foto: Cruz Vermelha

A propagação do novo coronavírus atingiu o mundo inteiro, deixando todos em alerta contra esta ameaça. Em uma altura em que a comunidade internacional une esforços para combater um flagelo galopante, murmúrios isolados contra a globalização aproveitaram-se da situação. Dizem que a “globalização acelerou a propagação do vírus” e incitam rivalidades étnicas com a intenção de erigir paredes na “aldeia global”. Outros são os que anunciam a pandemia como o derradeiro prego no caixão.

É claro que, face à gravidade da epidemia, a comunidade internacional tem vindo a lançar, sucessivamente, medidas de controle e prevenção, reduzindo os fluxos transfronteiriços de pessoas, materiais e fundos, sendo difícil para a economia mundial evitar o impacto temporário.

No entanto, esta não é altura para desistir e abandonar a globalização. Pelo contrário, encarando a interação orgânica entre a China e outros países desde o início do surto, não é difícil perceber que a adesão a uma consciência e cooperação globais consiste em uma tática eficiente no combate ao vírus.

A informação está sempre disponível. Depois da ocorrência da epidemia, a China notificou a comunidade internacional sobre informações do novo coronavírus de forma atempada e responsável.

No início do surto, quando a China enfrentava escassez de materiais, vários países e organizações internacionais doaram um vasto rol de materiais ao país. Com o aprofundamento da crise e o alastramento global, a China correspondeu, doando 20 milhões de dólares à Organização Mundial de Saúde para reforçar a resposta internacional na luta contra o vírus, e ajudando, dentro possível, países como o Paquistão, Japão, Coreia do Sul, Irã, entre outros.

A China partilhou documentos técnicos relativos à prevenção epidemiológica e a técnicas de diagnóstico e tratamento com mais de 100 países e mais de 10 organizações regionais e internacionais. Até à data, decorreram mais de 20 discussões e videoconferências entre especialistas chineses e estrangeiros.

A humanidade é uma comunidade de destino compartilhado. Em um período crítico para a segurança das pessoas de todo o mundo, a solidariedade e a cooperação são as armas mais valiosas no combate à doença. Como tal, deve ser privilegiado o estabelecimento de uma governança global cooperativa, em vez da anti-globalização, protecionismo, e outras correntes de pensamento adversas a esta tendência.

Tal como afirmou, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor da Organização Mundial de Saude: “Agora não é altura de desistir. Não é a altura de arranjar desculpas. É a altura de lutar com tudo”. Nenhum país pode voltar a ser uma “ilha isolada”. O vírus tornou-se um desafio global. Para superar estas barreiras, os países devem reforçar o seu sentido de comunidade de destino comum em prol da nossa “aldeia global”.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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