Beijing, 28 mar (Xinhua) -- O mais alto legislador da China expressou nesta sexta-feira forte insatisfação e firme oposição depois que os Estados Unidos assinaram a chamada "Lei da Iniciativa de Proteção e Aperfeiçoamento Internacional de Aliados de Taiwan (TAIPEI) de 2019".
O ato foi assinado apesar das severas representações da China, de acordo com um comunicado emitido pelo Comitê de Relações Exteriores da Assembleia Popular Nacional.
O ato é uma violação grave do princípio de Uma Só China e dos três comunicados conjuntos China-EUA e contraria o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, observa o texto.
Também interfere grosseiramente nos assuntos internos da China e envia um sinal gravemente errado aos separatistas em favor da "independência de Taiwan".
O assunto de Taiwan diz respeito à soberania, integridade territorial e interesses essenciais da China. O ato desconsidera os fatos básicos de que o princípio de Uma Só China é universalmente reconhecido pela comunidade internacional e que os Estados Unidos estabeleceram laços diplomáticos formais com a China há 41 anos.
Ao impedir outros países de estabelecerem laços diplomáticos com a China e ajudar Taiwan a expandir o chamado "espaço internacional", a lei contraria a política de Uma Só China, mantida durante muito tempo pelos governos dos EUA desde o estabelecimento dos laços diplomáticos sino-americanos e o importante consenso entre os chefes de estado dos dois países.
O ato perturbará seriamente as relações entre a China e os EUA e sua cooperação em áreas importantes e acabará prejudicando os interesses dos Estados Unidos.
Existe apenas uma China no mundo, e Taiwan é uma parte inalienável da nação.
O princípio de Uma Só China é a base política das relações China-EUA e um consenso comum da comunidade internacional, afirma o comunicado.
"Pedimos veementemente ao lado dos EUA que reconheça completamente a natureza altamente sensível do assunto de Taiwan e mantenha-se fiel ao princípio de Uma Só China e aos três comunicados conjuntos China-EUA", aponta o texto. "O lado dos EUA deve abster-se de implementar o ato, lidar com prudência com os assuntos relacionados a Taiwan e tomar medidas concretas para salvaguardar as relações China-EUA e a paz e a estabilidade através do Estreito".