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Presidente Bolsonaro afirma não existir crise entre Brasil e China

Fonte: Diário do Povo Online    23.03.2020 11h17

Após publicação do Deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, na quarta-feira (18) culpabilizando a China pela pandemia do Covid-19, Eduardo e Yang Wanming trocaram acusações e o governo brasileiro foi envolvido no que se chamou crise diplomática.

O presidente brasileiro minimizou a fala de Eduardo, enfatizando que se tratava de uma manifestação de um parlamentar. E disse que “escuta falar há dois meses que o vírus nasceu na China”.

Jair Bolsonaro defendeu que não ofendeu o governo chinês e, portanto, não tem do que se desculpar.

O presidente brasileiro enfatizou que “esse assunto é página virada. Não temos problemas com a China.” E mencionou ter conversado com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina sobre o assunto, que confirmou que a relação do Brasil com a China é de amizade e respeito.

Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, também se posicionou sobre o ocorrido. Ele disse que “Eduardo Bolsonaro é um deputado. Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha não era problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele não representa o governo”

Mourão enfatizou que “não é a opinião do governo. Ele tem algum cargo no governo?”, questionou.

O chanceler Ernesto Araújo afirmou que Eduardo não ofendeu o Chefe de Estado chinês e acrescentou que as palavras de Eduardo Bolsonaro “não refletem a posição do governo brasileiro”.

O chanceler brasileiro cobrou pedido de desculpas ao Chefe de Estado brasileiro por parte do embaixador Yang Wanming, que segundo ele, teve uma reação “desproporcional e feriu a boa prática diplomática”.

O incidente diplomático causado por Eduardo Bolsonaro resultou em pedidos de desculpas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia e do presidente do Congresso Nacional brasileiro Davi Alcolumbre.

Maia considerou a publicação de Eduardo como “palavras irrefletidas”, e Alcolumbre, diagnosticado com o novo coronavírus, enviou carta na quinta-feira (19) ao presidente chinês, Xi Jinping.

Na carta, redigida pelo vice-presidente do Senado Federal, Antonio Anastacia, Davi Alcolumbre manifestou “respeito e solidariedade ao povo chinês, em especial quando, TODOS, indistintamente, devemos estar juntos num único e definitivo combate.”

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