Por Du Shangze, Diário do Povo
Num momento crítico da luta contra o novo coronavírus, o presidente Xi Jinping visitou no dia 10 de março a cidade de Wuhan, na província de Hubei, para inspecionar os trabalhos de controle e prevenção ali decorrendo.
Na comunidade de Xincheng, Xi encontrou-se com trabalhadores comunitários, polícia, médicos, trabalhadores sanitários e voluntários. Durante a epidemia, os residentes comunitários depararam-se com a escassez de arroz e óleo, saneamento entupido, sobrelotação de caixotes do lixo, entre outros. Todas estas tarefas triviais ficaram à sua responsabilidade por mais de um mês, sendo que estas equipes foram verdadeiramente heróicas.
Kong Xiangfeng relatou ao presidente Xi a sua experiência ao longo dos últimos 25 dias. Até o surto ter início, Kong fazia trabalhos de escritório, mas ultimamente a sua ocupação passa por fazer entregas de alimentos de porta em porta aos residentes de Wuhan. Apesar da intensidade do trabalho, ao ouvir as palavras “obrigado, rapaz” em cada lar que entrega suprimentos, tudo vale a pena.
Toda a gente tem muito a dizer. Algumas pessoas falaram do medo inicial e da ansiedade de serem infetados. Outros exteriorizaram momentos comoventes e calorosos. Depois de mais de um mês, todos compreenderam que, perante um desastre, esta é uma luta coletiva.
Xie Xiaoyu, uma voluntária da comunidade Xincheng nascida na geração pós-1990, voltou de Beijing à sua terra natal para as férias de inverno. No início do surto, decidiu inscrever-se como voluntária. A jovem reconheceu ao presidente: “Ao início estávamos com falta de gente e alguns residentes sentiram-se inseguros. Mas graças aos esforços e a solidariedade, conseguimos controlar a situação”.
O presidente afirmou: “A população já está em casa há muito tempo, é normal que hajam algumas queixas. Quem é que gosta de estar sempre em casa?! A nossa vitória depende do esforço e colaboração de todos. Temos que ser compreensivos e tolerantes com a frustração das pessoas e reforçar a eficiência do nosso trabalho e aconselhamento para resolver os problemas. Este é um problema de todos, que depende da participação ativa de todos. Enquanto membros da comunidade, não podemos agir com teimosia ou intransigência, mas antes adotaremos uma consciência coletiva. De agora em diante iremos reforçar ainda mais os trabalhos comunitários”.
Nesta luta contra a epidemia, tem sido frequente a participação das gerações pós-1990 e pós-2000. O presidente ficou sensibilizado com o fenômeno: havia pessoas das gerações mais antigas que diziam que eles eram muito frágeis, mas como podem ver, eles são a principal força no combate à epidemia. São destemidos e altruístas. Estando na linha da frente são constantemente postos à prova”.
Toda a gente indagou Xi sobre quando seria levantada a quarentena em Wuhan. “Eu sei que todos contam os dias”, respondeu. “Embora a situação esteja gradualmente a melhorar, ainda não podemos baixar os braços. Esta é uma guerra de todos e requer a colaboração de toda a gente. A perseverança levará à vitória. Não desistam!”.
“Não há novos casos confirmados na nossa comunidade por 18 dias consecutivos. Agora os residentes estão mais calmos e com mais confiança. Podem estar tranquilos”, disse Yang Mingxing aos líderes.
O presidente perguntou: “Qual é a ajuda que os residentes precisam mais agora?”.
“A maior preocupação das pessoas é voltar ao trabalho. Por exemplo, os taxistas não têm fonte de rendimento se não puderem sair de casa. Eles ficam ansiosos quando estão em casa. Todos esperam que Wuhan volte a estar ativa e movimentada”, disse Tao Jiuquan, membro das autoridades municipais.
“Uma coisa é prevenção e controle da epidemia, outra é a reposição gradual da economia e a ordem social. Estas duas questões têm de ser levadas em consideração e implementadas de modo ordenado”.
O presidente reconheceu emocionado: “Há dezenas dos milhões de pessoas em Wuhan. Não é fácil implementar um bloqueio à cidade para conter uma epidemia. Não é uma decisão tomada de ânimo leve. De todo. Nesse sentido, as pessoas de Hubei, especialmente de Wuhan, fizeram enormes sacrifícios e deram um contributo notável. É notável o contributo que todos deram nesta luta”.
“Durante esta viagem tenho pensado no quão fantástica é a cidade de Wuhan. É uma cidade heróica, habitada por heróis. Nesta luta contra a epidemia, as pessoas de Wuhan têm demonstrado um enorme espírito combativo e destemido. Um espírito de coragem e dedicação. Esta postura é uma importante manifestação da alma chinesa. Temos de unir esforços e avançar juntos. Acredito que no final desta luta, Wuhan estará uma vez mais nos anais da história”, concluiu.