Por Zheng Penghui, Diário do Povo

No dia 25 de fevereiro, Bruce Aylward, o líder da equipe de inspeção da Organização Mundial de Saúde na China, compareceu a uma coletiva de imprensa na sede da OMS, em Genebra, para apresentar a equipe de investigação conjunta China-OMS, abordar os resultados apurados na experiência da China na luta contra a epidemia, e fazer recomendações para a prevenção e controlo globais. Aylward valorizou as medidas flexíveis e pragmáticas de prevenção adotadas pela China. Ele disse acreditar que isto não só é significativo para reduzir o número de casos de infeção na China, mas também para conseguir tempo valioso para os países combaterem eficientemente a epidemia.

A equipe mista é composta por 25 especialistas chineses e estrangeiros. Durante a viagem de 9 dias, houve deslocações a Beijing, Guangdong, Sichuan e Hubei, onde tiveram lugar investigações locais para compreender em toda a sua extensão a situação epidemiológica na China e províncias e cidades circundantes, com vista à formulação de medidas de controlo, prevenção e tratamento médico. Os resultados da investigação foram comunicadas ao governo chinês e à OMS, respetivamente.

Na coletiva de imprensa, Aylward afirmou que a China conseguiu avanços notáveis na luta contra o novo coronavírus, sendo que o número de novos casos registrou uma queda significativa, e a ocorrência de centenas de milhares de novos casos foi contida ou, pelo menos, adiada. Com base nas estatísticas disponíveis, Aylward considera que a intervenção da China conseguiu conter categoricamente o período de expansão do vírus.

As medidas adotadas pelo país servem-se de tecnologias como big data, inteligência artificial, 5G, entre outros para auxiliar clínicas, hospitais e para a realização de tratamentos e diagnósticos online.

Aylward deixou também algumas palavras de apreço aos esforços e à pressão a que os profissionais de saúde estão expostos, bem como à mobilização eficiente de equipamentos e infraestruturas em toda a China.

O mesmo se aplica à população, que tem cooperado com as autoridades e permanecido otimista, mesmo durante um período em que todos têm de ficar em casa.

O dirigente da OMS advertiu para a velocidade com que o vírus se tem propagado, apelando a que o mundo tome rapidamente medidas, de modo a prevenir que a situação evolua para uma pandemia. Para isso, ele enumerou precauções como a aferição de riscos potenciais, preparação de camas de hospital, medidas de isolamento, laboratórios de teste, formação de quadros de saúde, controlo da disseminação de informação, entre outras.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse acreditar, durante uma coletiva de imprensa na sede da OMS há alguns dias, que as medidas adotadas pela China poderão ter deixado para traz o pico da epidemia, dando alento aos outros países na forma de encarar a situação.