Governo chinês quer mais escolas chinesas no estrangeiro

Fonte: Diário do Povo Online    25.12.2019 10h03

A maior presença de escolas chinesas no exterior visa responder ao crescente aumento de educação doméstica para crianças a residir no exterior.

A China irá continuar a construir mais escolas no estrangeiro, no sentido de oferecer serviços de educação a chineses que trabalhem fora do país, segundo o Ministério da Educação.

Em resposta a uma proposta feita este ano por um membro do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o ministério anunciou que a aceleração do processo de construir escolas internacionais com base nas congêneres chinesas pode responder às necessidades dos funcionários chineses que trabalhem em instituições governamentais, empresas estatais e privadas que tenham operações no exterior e crianças com ascendência chinesa.

O ministério explorou várias formas de aumentar o número de escolas chinesas no exterior, incluindo tornar gradualmente alguns Institutos Confúcio em escolas, abrindo secções de ensino de chinês em algumas instituições de formação em países estrangeiros e encorajar instituições de treinamento doméstico a abrir escolas de chinês no estrangeiro.

As escolas devem ter a mesma agenda de ensino que as suas homólogas domésticas para disciplinas como chinês, matemática, política e cultura tradicional chinesa.

Em resposta a outra proposta feita este ano por um membro do comitê nacional da CCPPC, o ministério disse que a demanda crescente por profissionais chineses no estrangeiro, levou a que o governo aumentasse o apoio financeiro para a construção de escolas, formação de professores e materiais educativos.

Existem 60 milhões de chineses no estrangeiro e estrangeiros com ascendência chinesa no mundo todo, e cerca de 20,000 escolas oferecendo educação em chinês, de acordo com o ministério.

A Academia Zhuge, a artéria internacional da empresa de educação sediada em Beijing Lanxum Inc, irá acelerar a expansão para o exterior, de modo a responder à crescente demanda por melhor educação em chinês.

“Iremos considerar entrar nos mercados asiático e do oriente médio, após abrirmos instalações no Canadá e EUA”, disse Shang Mei, diretora de negócios internacionais da academia.

A academia abriu um campus no Vale do Silício, na Califórnia, a 8 de setembro, sendo a segunda filial estrangeira, desde o estabelecimento da primeira, no Canadá, em 2018.

Yu Wu, que trabalha em uma filial de uma empresa privada na Arábia Saudita, disse: “Estou feliz que o ministério esteja abrindo mais escolas chinesas no exterior”.

Nenhum dos membros do staff chinês da Arábia Saudita na sua empresa levou suas crianças para o país, em parte devido à falta de escolas chinesas”, disse.

Com a crescente implementação da iniciativa do Cinturão e Rota, e com mais países fazendo negócios com a China, mais chineses estão trabalhando no exterior, levando a uma maior demanda por educação chinesa para as suas crianças, disse Yu. 

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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