Para comemorar o 20º aniversário do retorno de Macau, a Agência Lusa realizou recentemente duas exposições fotográficas, em Macau e Lisboa, respetivamente. As exibições consistem na cobertura jornalística durante o período da transferência de administração de Macau.
Paulo Alves, correspondente da Lusa, testemunhou os eventos da transferência e segue de perto o desenvolvimento de Macau desde então. “Macau alcançou vários sucessos após o retorno. Os panoramas económico e social foram amplamente melhorados”.
“O retorno abriu um novo capítulo no desenvolvimento de Macau. Nos últimos 20 anos, Macau conseguiu mais avanços do que no século anterior!”, afirma o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz, que tem visitado Macau quase anualmente ao longo nos últimos 20 anos, assistindo ao rápido desenvolvimento do território.
“Nos últimos 20 anos, o governo central da China tem dado um forte apoio ao desenvolvimento de Macau, promovendo a diversificação do seu setor económico”, afirma o ex-ministro, aludindo à posição cimeira mundial de Macau em termos do PIB per capita.
Macau conta com boas infraestruturas de transporte e recentemente inaugurou o metro ligeiro. Cada vez mais pessoas escolhem Macau para visitar e viver ao longo dos anos.
A “Exibição Fotográfica Celebrando o 20º Aniversário do Retorno de Macau à Pátria”, organizada pela embaixada chinesa em Portugal, foi realizada no Centro Científico e Cultural de Macau, tutelado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal.
“O princípio ‘um país, dois sistemas’ consiste numa iniciativa pioneira de sabedoria política”. Cruz acredita que, graças à adesão e implementação do princípio “um país, dois sistemas”, “Macau administrado pela gente de Macau” e um alto nível de autonomia, Macau tem mantido a harmonia e estabilidade, garantido um rápido crescimento económico, e testemunhado um aumento constante da melhoria do nível de vida da sua população.
Em uma entrevista recente, o primeiro-ministro António Costa referiu que Macau se tornou uma ponte importante entre o Oriente e o Ocidente, entre Portugal e a China. O primeiro-ministro salientou o fato de na sociedade macaense coexistirem diferentes culturas em harmonia. Este tem sido o apanágio de Macau ao longo de centenas de anos. “O princípio ‘um país, dois sistemas’ tem trazido prosperidade e estabilidade a Macau e contribuído para a manutenção da diversidade cultural do território”, disse Costa.
O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa afirma que “nos últimos 20 anos, a economia de Macau desenvolveu-se e a sociedade manteve-se estável. Macau tem vindo a desempenhar um papel de crescente importância na promoção da amizade entre os povos português e chinês”.
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa elogiou também o desenvolvimento económico e social de Macau, salientando que a evolução do território se tornou testemunha da relação de amizade entre Portugal e a China.
Desde o retorno à pátria, Macau tem vindo gradualmente a tornar-se uma ponte e plataforma para o reforço económico, comercial e para o intercâmbio cultural entre a China e os países de língua portuguesa. De acordo com dados oficiais, desde o estabelecimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em 2003, o comércio bilateral entre a China e estes países tem vindo a crescer rapidamente, com um volume comercial de 147,354 bilhões de dólares em 2018.