Cinco jovens de Hong Kong juntar-se-ão à ONU no próximo ano como o primeiro lote de oficiais profissionais júniores(JPO, na sigla inglesa) recomendados pelo governo central da China junto da instituição, segundo anunciou o Escritório do Comissário do Ministério das Relações Exteriores da China na Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), em uma cerimônia na segunda-feira.

É a primeira vez que a RAEHK participa do programa JPO.

Cinco funcionários públicos jovens, quatro do governo da RAEHK e um da Comissão Independente Contra a Corrupção, foram selecionados para este programa de dois anos. Eles trabalharão em diferentes departamentos da ONU.

Na cerimônia, Xie Feng, comissário do Ministério das Relações Exteriores da China na RAEHK, proferiu um discurso, dizendo que o programa JPO é um pequeno passo para os cinco jovens, mas um grande salto para toda a faixa etária jovem de Hong Kong poder participar em assuntos externos de governança global.

Xie referiu que os manifestantes radicais são apenas uma minoria e não podiam representar a geração jovem de Hong Kong.

"Dos cinco oficiais jovens daqui, vejo excelentes qualidades e valores defendidos pela maioria da juventude de Hong Kong", disse Xie.

A chefe do Executivo da RAEHK, Carrie Lam, disse durante a cerimônia que o governo da RAEHK atribui grande importância ao desenvolvimento da juventude, assumindo o compromisso em facilitar os jovens a ampliar seus horizontes fora de Hong Kong.

Lam disse que, sob o princípio “um país, dois sistemas”, Hong Kong desfruta das vantagens exclusivas do apoio da pátria e abertura ao mundo. Com base no princípio de "um país", os funcionários públicos jovens de Hong Kong podem entrar na ONU como funcionários chineses, assumindo compromissos internacionais e experienciando o prestígio advindo do crescente estatuto internacional do país.