Caminho de desenvolvimento de Macau leva à prosperidade, dizem especialistas

Fonte: Xinhua    18.12.2019 08h28

Macau, 17 dez (Xinhua) -- Macau alcançou prosperidade e estabilidade após seu retorno à pátria em 1999. Uma pequena economia com cerca de 670 mil pessoas, o produto interno bruto per capita de Macau ultrapassou os US$ 80 mil em 2018, um dos mais altos do mundo.

Gozando do estatuto de porto franco, políticas financeiras, monetárias e tributárias independentes, Macau encontrou o seu papel único na Grande Área da Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau.

Lao Chi Ngai, presidente da Associação Econômica de Macau e membro da legislatura de Macau, disse à Xinhua que a chave para o desenvolvimento de Macau é encontrar a sua posição adequada.

"Desde 2007, o governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) decidiu promover a indústria do turismo. Em 2009, o governo central apresentou, pela primeira vez, o papel de Macau como centro mundial de turismo e lazer na região do delta do Rio das Pérolas, e esse papel foi reiterado repetidamente nas estratégias nacionais de desenvolvimento que se seguiram", afirmou Lao.

Ele acrescentou que o turismo e o lazer, incluindo a indústria do jogo, são muito compatíveis às condições e vantagens da infraestrutura de Macau. O mercado de turismo vem crescendo, com 35,8 milhões de visitantes recebidos em 2018.

Maria Helena de Senna Fernandes, diretora dos Serviços de Turismo de Macau, disse que o setor de turismo e lazer é um pilar da economia de Macau, e que a direção de turismo trabalhou para promover a conscientização e aceitação dos residentes desse setor.

A direção de turismo iniciou a Campanha de Conscientização para o Turismo de Macau desde 2013 e atraiu 130 mil residentes para participar. Os residentes de Macau foram amigáveis com os visitantes e acolheram bem o mandarim, ou "putonghua", que é usado principalmente pelos visitantes do continente, que representam cerca de 70% do total em 2018.

Além do turismo, Macau também fez o melhor uso possível dos hotéis e resorts para cultivar seus negócios de MICE (reuniões, incentivos, conferências e exposições) como parte da cadeia industrial.

Joseph Fang, pesquisador especializado em "um país, dois sistemas", disse que a diversificação industrial é uma tarefa difícil para Macau, que tem terras e recursos humanos limitados. Mas Macau conseguiu expandir a cadeia industrial de casino e turismo para convenções e exposições.

Em 2017, a Associação Global da Indústria de Exposições classificou Macau como o mercado de exposições com melhor desempenho na Ásia nos últimos cinco anos, mesmo sendo um dos mercados de MICE menores e mais jovens na Ásia.

"Nos últimos anos, o governo de Macau desenvolveu finanças caracterizadas, incluindo leasing financeiro, crédito à exportação e liquidação de renminbi dos países da língua portuguesa (PLPs), o que é apoiado pelo papel de Macau como plataforma de cooperação entre a China e os PLPs. Isso é o que podemos fazer para aproveitar nossas vantagens", disse Leong Vai Tac, secretário de Economia e Finanças de Macau.

Iniciado em 2003, o Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) inclui atualmente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.

Em 2017, o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento da China e PLPs estabeleceu sua sede em Macau e já prestou serviços de consultoria e financiamento para empresas da China e PLPs operarem em projetos no exterior, como programas de infraestrutura nos países do Cinturão e Rota.

Em fevereiro de 2019, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e o governo da RAEM assinaram um acordo para apoiar as finanças de Macau.

O acordo disse que apoia a cooperação de Macau com o Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas, o Fundo da Rota da Seda, o Fundo de Desenvolvimento China-África e outras instituições relacionadas, para fornecer serviços internacionais de investimento e financiamento.

Em outubro de 2019, a Autoridade Monetária de Macau disse que "iniciou uma pesquisa de viabilidade sobre o estabelecimento de uma bolsa de valores dominada pelo renminbi".

"Desta forma, Macau pode encontrar uma abordagem como um nicho de mercado em serviços financeiros", acrescentou Leong.

Fonte: Gabinete de Comunicação Social da RAEM

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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