A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor deixa o seu voto em Raimondi College, em Hong Kong, na manhã de 24 de novembro. Foto: China Daily
Ao longo dos últimos 5 meses, práticas radicais e violentas em Hong Kong levaram a uma crise de segurança de pessoas e suas propriedades, distúrbios ao Estado de direito e à ordem social, e à rutura da prosperidade e estabilidade da cidade. Se não fosse por isso e pela comoção gerada pela imprensa, as eleições para os conselhos distritais ocorridas na RAEHK no domingo não teriam sido alvo de tanta atenção.
Mas devido aos distúrbios a decorrer desde junho, embora a eleição tenha sido focada essencialmente nas preocupações das comunidades dos 18 distritos de Hong Kong – com 452 conselheiros distritais sendo eleitos entre 1,090 candidatos, por 4,13 milhões de votantes registados – a votação assumiu uma maior carga simbólica.
Foram as primeiras eleições populares na cidade desde que o caos anti-governo começou. A relativa tranquilidade que a cidade vivenciou alguns dias antes das eleições sugere que a sociedade considerou esta uma oportunidade para espelhar a sua visão.
O fato da eleição ter sido brindada com um número recorde de candidatos demonstra a esperança dos residentes de Hong Kong de travar o caos, devolvendo o bem-estar das pessoas e repondo a imagem da cidade como um local seguro para fazer negócios ou visitar.
Sob o enquadramento da Lei Básica de Hong Kong, as eleições para os conselhos distritais visam assegurar a inclusividade política, pondo a democracia ao serviço da população. Independentemente da postura adotada por votantes e candidatos, foi atingido um consentimento tácito de que as eleições deveriam prosseguir.
Com efeito, desta vez, os eleitores, partidos inscritos, bem como o governo de Hong Kong, consideraram unanimemente as eleições como uma oportunidade para perseguirem seus objetivos.
Graças aos esforços conjuntos levados a cabo pelo governo local, as eleições tiveram lugar. A chefe do Executivo, Carrie Lam, após deixar o seu voto na urna, comprometeu-se a reforçar a cooperação com os conselhos distritais e seus membros, os quais qualificou de “parceiros importantes do governo da RAE”, de modo a melhor responder às aspirações práticas dos residentes.
Se isso puder ser traduzido em políticas efetivas, a eleição poderá servir como oportunidade de devolver a cidade ao normal.
O recorde passa a mensagem de que, independentemente do quão violentos sejam os motineiros, os residentes comuns estão preocupados com o seu bem-estar. Eles anseiam pelo fim da violência o mais rápido possível, e pretendem medidas realistas para melhorar o seu padrão de vida.
Ao invés de slogans e violência arbitrária, as suas preocupações podem apenas ser respondidas no âmbito do sistema político da RAEHK e sem interferência estrangeira.
Ao tentar pactuar com extremistas e radicais anti-China, as forças estrangeiras estão tentando danificar a prosperidade e estabilidade de Hong Kong, visando conter a ascensão pacífica da China.
Esses desígnios são fúteis. As suas ações apenas contribuirão para unir o povo chinês no seu esforço de garantir um futuro próspero para Hong Kong.