Hong Kong revisa para abaixo de zero previsão do crescimento do PIB para 2019, protestos são a causa principal

Fonte: Xinhua    18.11.2019 08h34

Hong Kong, 17 nov (Xinhua) -- O governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) da China reduziu na sexta-feira a previsão de crescimento do produto interno bruto (PIB) em 2019 para -1,3% depois que os protestos causaram grandes danos à economia.

Trata-se do primeiro declínio anual desde 2009, ante uma estimativa de 0% a 1% no crescimento anual do PIB anunciada em agosto, segundo um relatório do governo divulgado na sexta-feira.

A redução foi feita com base no mais recente número revisado de crescimento do PIB no terceiro trimestre, que ficou inalterado em relação à estimativa antecipada de -2,9%, contraindo notavelmente em relação ao crescimento de 0,4% no segundo trimestre.

A agitação social local e a violência intensificada nos últimos meses desencorajaram significativamente a demanda de consumo local e deprimiram o sentimento econômico, explicou o relatório, citando os números das exportações dos serviços de viagens, um pilar da economia local, que despencaram 32,2% em termos anuais no terceiro trimestre.

O relatório também observou pressões para baixo notáveis e persistentes na macroeconomia, uma vez que os impactos dos incidentes sociais locais ainda não demonstraram sinais de abrandamento, prevendo que o consumo e o investimento provavelmente permanecerão estagnados no restante do ano.

"Terminar a violência e restaurar a tranquilidade são essenciais para a recuperação da economia", disse o governo da RAEHK no relatório.

Em termos de inflação, o governo revisou para cima a previsão do preço ao consumidor subjacente para 2019, para 3%, ante a estimativa de 2,7% em agosto, mas dizendo que a inflação global modesta e as condições econômicas debilitadas devem ajudar a conter a inflação geral no restante de 2019.

O governo prometeu continuar a monitorar de perto a situação e introduzir medidas necessárias para apoiar as empresas e salvaguardar o emprego.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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