Nações Unidas, 31 out (Xinhua) - Um enviado chinês da ONU disse na quinta-feira que a China está "seriamente preocupada" com a obstrução encontrada pela equipe da ONU no Kosovo durante o cumprimento do mandato.
O representante-permanente adjunto da China na Organização das Nações Unidas, Wu Haitao, fez as observações em uma reunião do Conselho de Segurança sobre a questão do Kosovo, em referência às prisões de dois funcionários da Missão de Administração Interina da ONU no Kosovo (UNMIK).
As prisões foram feitas no decorrer de uma operação policial do Kosovo que visava o contrabando e o crime organizado em maio.
Wu disse que investigações independentes provaram que o pessoal da UNMIK estava ameaçado e seu desempenho no serviço estava obstruído.
Ele disse que o conselho deve exortar as partes relevantes a respeitarem plenamente os privilégios e imunidades do pessoal da ONU e garantirem efetivamente sua segurança.
"Será favorável à manutenção da autoridade do conselho e, mais importante, favorável à solução política da questão do Kosovo", afirmou ele.
Na mesma reunião, o chefe da UNMIK, Zahir Tanin, disse que a equipe de investigação não encontrou evidências para apoiar as acusações de irregularidades cometidas pelos dois membros da equipe da UNMIK e que ambos estavam de serviço oficial quando foram presos.
A equipe também encontrou evidências substanciais do uso excessivo de força pela polícia do Kosovo contra os funcionários da UNMIK, acrescentou ele.
No final da Guerra do Kosovo, em 1999, o Kosovo, uma província sérvia dominada por albaneses étnicos, foi colocada sob administração de transição da ONU pelo Conselho de Segurança. Declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008. A independência do Kosovo é parcialmente reconhecida pela comunidade internacional.