Hong Kong, 16 out (Xinhua) -- A Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) da China, Carrie Lam, disse nesta quarta-feira que o governo adotará mais medidas para fortalecer a economia.

Maiores esforços serão feitos para ajudar, quando necessário, as empresas e o público a passar por momentos difíceis, além das políticas adotadas nos últimos dois meses, disse Lam ao comentar seu discurso sobre política de 2019.

Os recentes incidentes violentos representaram um desafio sem precedentes à economia de Hong Kong, com quedas acentuada no número de turistas, vendas no varejo e exportações. O sentimento empresarial também é sombrio. O mercado de trabalho local está se preparando para uma pressão ainda maior, à medida que a taxa de desemprego está aumentando.

Lam disse que a economia entrou em recessão técnica desde o terceiro trimestre, observando que o governo da RAEHK rebaixou a previsão de crescimento econômico para 2019 para um intervalo entre zero e um por cento.

A economia de Hong Kong cresceu apenas 0,5% em termos anuais no primeiro semestre, o mais fraco desde 2009.

Perante uma situação econômica cada vez mais austera, Lam disse que o governo da RAEHK está buscando apoio das autoridades centrais relevantes e simplificando os procedimentos de aprovação para as empresas de Hong Kong que desejam se desenvolver no continente chinês.

Lam disse que também foram feitos esforços para conceder às empresas de Hong Kong políticas favoráveis das autoridades centrais, que são desfrutadas atualmente por seus pares do continente chinês nos mercados do Cinturão e Rota.

O governo da RAEHK continuará a apoiar as quatro indústrias pilares, incluindo finanças, turismo, comércio e logística, e promoverá o desenvolvimento da inovação, proteção ambiental e outros setores emergentes, afirmou Lam.

Lam também destacou novas oportunidades para as empresas locais e novos motores de crescimento econômico na Iniciativa do Cinturão e Rota e na Grande Área da Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau.

Apesar dos desafios iminentes, Lam expressou otimismo sobre o desenvolvimento de Hong Kong no longo prazo.

"Com nossa base sólida, forças institucionais e oportunidades oferecidas pela nossa Pátria, bem como a perseverança e forte adaptabilidade da população de Hong Kong, acredito firmemente que Hong Kong será capaz de superar essa tempestade e avançar adiante", disse Lam.

Em seu discurso, Lam também revisou o trabalho do governo da RAEHK nos últimos dois anos.

- O número de acordos de livre comércio assinado entre Hong Kong e outras economias dobrou nos últimos dois anos, e o 13º Escritório Econômico e Comercial de Hong Kong no exterior foi estabelecido em Bangkok, na Tailândia.

- O número de operações comerciais em Hong Kong com empresas-mãe no exterior ou na parte continental da China passou dos 9 mil. Entre elas, 1.541 estabeleceram sedes regionais em Hong Kong, um aumento de 9,1% em relação a 2017.

- O número de startups em Hong Kong registrou um crescimento ainda mais encorajador, 42,8%, para 3.184 durante o período de dois anos entre 2017 e 2019.