Câmara de Comércio dos EUA em Hong Kong teme que empresas sejam afetadas por violência e projeto de lei dos EUA

Fonte: Xinhua    16.10.2019 13h48

Hong Kong, 16 out (Xinhua) -- A Câmara de Comércio dos EUA em Hong Kong (AmCham HK) descobriu que muitas empresas norte-americanas foram afetadas pelos prolongados protestos e violência de Hong Kong e teme que um projeto de lei do Congresso dos EUA relacionado a Hong Kong possa ter consequências contraproducentes para os negócios dos EUA.

Em pesquisa realizada de 8 a 13 de outubro, 61% das companhias membros da AmCham HK ouvidas viram seus negócios afetados pelos meses de protestos e violência em Hong Kong, em grande ou médio grau, ante 43,8% da edição de julho.

A pesquisa foi recebida por 1,2 mil membros da AmCham HK e respondida por 124 deles. Entre eles, 46% disseram que são pessimistas quanto às perspectivas de longo prazo de Hong Kong, acima dos 34% registrados em julho.

Apesar das descobertas acima, 76% dos entrevistados não acreditam que suas empresas estejam considerando transferir capital, ativos ou operações de negócios de Hong Kong.

"O fato de a maioria das empresas pesquisadas afirmar que não deixará a cidade destaca a importância de Hong Kong como um centro de negócios estratégico e insubstituível para a Ásia", disse a presidente da AmCham, Tara Joseph.

"Esta pesquisa deve soar como um alerta para todos que valorizam Hong Kong como um centro de negócios vibrante, com Estado de Direito e fluxo livre de informações", disse ela. "É crucial agora ver o fim da violência."

Em resposta a uma pergunta da Xinhua na terça-feira, a AmCham HK citou uma declaração anterior que também pedia apoio ao status especial de Hong Kong e expressava "reservas" sobre certas cláusulas do Projeto de Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong que está sendo discutido no Congresso dos EUA.

"A AmCham tem reservas sobre certas cláusulas da legislação norte-americana pendente, pois tememos que tenham consequências imprevisíveis e contraproducentes, inclusive sobre as empresas norte-americanas e sua capacidade de continuar exercendo uma forte influência positiva a favor dos valores fundamentais tradicionais de Hong Kong", disse a declaração.

A AmCham HK se mostrou preocupada em particular com as seções sobre controles e sanções à exportação, detalhando que o mecanismo de relatório de controle de exportação pode prejudicar a cooperação e o diálogo aberto entre os Estados Unidos e a Região Administrativa Especial de Hong Kong e corre o risco de um perde-perde para os Estados Unidos.

Descrevendo as sanções econômicas e proibições de visto como "uma ferramenta mais controversa da política externa dos EUA", a AmCham HK disse que seu uso em relação a Hong Kong poderia prejudicar a reputação de Hong Kong como um centro financeiro internacional com Estado de Direito e um lugar onde as empresas norte-americanas podem competir abertamente em igualdade de condições.

"Os EUA devem investir na autonomia e no Estado de Direito de Hong Kong, em vez de tomar medidas que possam prejudicar isso", disse a câmara de comércio, acrescentando que a política dos EUA em relação a Hong Kong "deve ser dirigida principalmente por um espírito de cooperação, nutrição e apoio a este lugar singular e insubstituível".

(Web editor: Rita Zhang, Renato Lu)

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