Caminhões sobrecarregados reprendidos após colapso mortal

Fonte: Diário do Povo Online    14.10.2019 11h29

Um colapso por excesso de peso deixou vários feridos e danificou veículos em Wuxi, província de Jiangsu na noite de 10 de outubro, 2019. O resgate está em andamento.

Dois veículos, cada um carregando mais de 100 toneladas de aço, foram os responsáveis pelo incidente.

Depois que os caminhões de carga sobrecarregados foram responsabilizados pelo colapso de um viaduto em Wuxi, província de Jiangsu, matando três pessoas na quinta-feira (11), as autoridades de transporte ao redor da China afirmaram que ao longo do fim de semana farão cumprir inspeções bem como irão aplicar penas máximas para caminhoneiros que sobrecarregam seus veículos.

O colapso ocorreu por volta das 6:10 da noite de quinta-feira ao longo da Estrada Nacional 312 quando a ponte tombou para um lado dos lados. Uma investigação preliminar sugere que o colapso foi causado por caminhões sobrecarregados, afirmou o governo municipal de Wuxi por uma declaração.

Ma Yanqing, um tenente da polícia de Wuxi, disse que dois caminhões excessivamente sobrecarregados carregando pilhas de bobinas de aço frequentemente ultrapassa o limite de carregamento.

"O primeiro caminhão, carregando sete pilhas de bobinas de aço, passou pelo viaduto em segurança", disse ele. Mas o acidente aconteceu quando o último caminhão, carregando seis pilhas, estava na ponte. Cada um dos dois caminhões carregava mais de 100 toneladas métricas de mercadorias."

Ma disse ainda que ambos os condutores trabalhavam para a Wuxi Chenggong Transport Company. Um dos motoristas, chamado Wang, está sendo tratado no hospital por lesões sofridas no colapso. Ele foi submetido à medidas coercitivas.

"Levará pelo menos um mês para o viaduto quebrado ser reparado", afirmou ele.

Huang Qin, prefeito de Wuxi, ordenou uma repressão sobre veículos sobrecarregados, devendo os proprietários de veículos sobrecarregados serem punidos e multados pesadamente para garantir a segurança.

O escritório de transporte Jiangsu realizou uma reunião de segurança de transporte no sábado (13) de manhã para reforçar o monitoramento de veículos sobrecarregados. Lu Yongquan, diretor da agência, disse na reunião que aqueles veículos sobrecarregados receberão a punição mais severa de acordo com as leis e regulamentos da China.

A China vem tentando proibir caminhões de carga sobrecarregados em suas estradas por décadas, com muitos motoristas e companhias de logística tendo optado por ignorar perigos de segurança e sobrecarregar seus veículos para reduzir custos de transporte desde os anos oitenta. Tornou-se uma das questões mais urgentes para as autoridades de transporte da China.

"Como motoristas, somos aqueles que melhor conhecem o perigo de dirigir caminhões sobrecarregados", afirmou um motorista veterano de caminhão de carga da província de Shandong, que pediu para ser identificado apenas pelo sobrenome, Lu. O fato é que se não sobrecarregarmos, ficaremos sem empregos.

"Nós escolheríamos as estradas sem instalações de pesagem ou oficiais de inspeção no passado, mas as inspeções estão ficando mais severas e a multa também aumentou nos últimos dois anos, então minha companhia de logística não teve escolha senão aumentar seus preços."

A busca de menores custos de transporte foi a causa do problema de sobrecarga, disse o Ministério dos Transportes em agosto. Os baixos custos de transporte rodoviário levaram muitas empresas a parar de utilizar serviços logísticos ferroviários e passar para o transporte rodoviário. A competição tornou-se então mais aquecida e as empresas de logística foram forçadas a baixar seus custos ainda mais para permanecer no jogo.

De 2006 a 2016, veículos sobrecarregados causaram o colapso da ponte 69, resultando em oito mortes ao longo da China, Tao Hanxiang, chefe do departamento de gestão da rede rodoviária do Ministério dos Transportes, afirmou em 2016 quando o ministério introduziu novas medidas para combater a sobrecarga e a modificação de caminhões para transportar mais mercadorias.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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