Economistas otimistas para o crescimento econômico anual chinês

Fonte: Diário do Povo Online    17.09.2019 14h38

A performance econômica moderada da China em agosto não irá alterar o crescimento estável para todo o ano, mas mais esforços são necessários para colmatar contingências externas e o aumento da demanda doméstica, de acordo com os economistas.

Um crescimento mais lento em agosto foi provocado por um output industrial mais fraco, apesar de aumentar 4,4% face a um ano antes – a cifra mais baixa referente a um mês único desde 2002. Os valores em junho e julho foram de 6,3% e 4,8%, segundo o Bureau Nacional de Estatísticas (BNE) na segunda-feira.

O crescimento das vendas permaneceu estável, aumentando 7,5% em termos anuais, comparado aos 7,6% de julho. O total das vendas atingiu os 3,39 trilhões de yuans ($479,8 bilhões) em agosto, segundo o BNE.

O investimento em ativos fixos permaneceu estável, com um crescimento de 5,5% para os primeiros 8 meses, com uma quebra ligeira de 5,7% no período entre janeiro e julho, segundo o BNE.

A performance econômica geral do país manteve-se estável em agosto, embora alguns indicadores tenham demonstrado oscilações durante um período curto, disse Fu Linghui, um porta-voz do BNE, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Fu expressou confiança em atingir os objetivos de desenvolvimento econômico no ano, devido à base estável da economia chinesa.

Algumas medidas de apoio já entraram em vigor, especialmente desde julho. O Banco Popular da China, o banco central do país, eliminou recentemente todos os rácios de requisitos de reservas bancárias para facilitar os empréstimos, sendo que o governo está avançando o uso da quota de 2020 para a emissão de títulos de dívida para a aceleração dos gastos infraestruturais.

Os dados recentes da economia, até certo ponto, refletem os resultados. O crescimento em investimento em infraestruturas cresceu 3,3% de 2,7% em julho, e o investimento em imobiliário aumentou 10,5% em agosto, de 8,5% face ao mês anterior.

Os analistas estão preocupados que o recente aumento na inflação do consumo – enquanto que os preços de produtos industriais estão contraindo – possa aumentar as dificuldades para o banco central tomar decisões na elaboração de políticas, tais como o reforço da produção industrial através da redução de taxas de juro ou da manutenção de uma postura cautelosa na flexibilização monetária para prevenir o aumento do preço de ativos.

“Temos a base e condições para estabilizar preços e controlar os preços dentro de um determinado escopo”, disse Fu, o porta-voz da BNE. O governo estabeleceu o teto anual da inflação do preço ao consumidor nos 3%.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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