Grupo interministerial proporá a Bolsonaro estender missão militar na Amazônia

Fonte: Xinhua    05.09.2019 11h14

Brasília, 3 set (Xinhua) -- O ministro da Casa Civil brasileira, Onyx Lorenzoni, coordenador do grupo interministerial enviado pelo presidente Jair Bolsonaro para avaliar a situação na Amazônia, disse nesta terça-feira que vai propor estender a presença das Forças Armadas na região por pelo menos um mês, até outubro.

Após reunir-se com os governadores dos estados amazônicos ocidentais- Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima- em Manaus, Lorenzoni afirmou que a presença dos militares é importante para combater a causa dos incêndios florestais.

No dia 23 de agosto, Bolsonaro autorizou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Ambiental para que os militares combatessem as queimadas na selva amazônica, ação que termina em 24 de setembro.

"Fizemos o primeiro enfrentamento pontual nas áreas onde tivemos incêndios, mas é muito importante que se combata as causas, que estão ligadas à questão do desmatamento ilegal, do garimpo ilegal", destacou o ministro.

Segundo Lorenzoni, as equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam na fiscalização, também precisam do suporte das Forças Armadas na preservação da floresta.

A comitiva interministerial encabeçada por Lorenzoni tem a missão de discutir o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais e colher propostas para um plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Na segunda-feira, o grupo se reuniu em Belém, com os governadores da parte oriental- Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.

As reuniões deram continuidade ao encontro que o presidente Bolsonaro manteve com os governadores, na semana passada, em Brasília.

De acordo com Lorenzoni, os governadores citaram novamente, nesta terça-feira, a regularização fundiária, o zoneamento econômico-ecológico (ZEE) e o desenvolvimento da economia verde como essenciais para um bom planejamento de políticas para a região, além de um monitoramento permanente contra os focos de incêndio.

O ministro informou que em 10 dias, o governo deve consolidar as propostas e apresentar um plano "estrutural e estruturante" para a Amazônia brasileira.

"Um plano que consiga fazer com que a produção e a preservação possam andar de mãos dadas, fazendo com que a gente preserve esse grande patrimônio que o Brasil tem, mas, por outro lado, que os 23 milhões de mulheres e homens da Amazônia tenham boas condições de vida, capacidade de se desenvolver produtivamente", concluiu o ministro da Casa Civil.

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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