A guerra de palavras entre o Brasil e a França causada pelo incêndio na Amazônia está aumentando. O embaixador do turismo brasileiro e professor de jiu-jitsu, Renzo Gracie, afirmou que queria dar "um gogó no pescoço do presidente francês Macron", enquanto o cônsul geral francês Brieuc Pont, em São Paulo, insinuou que Renzo estava bêbado, relatou a Revista Veja na terça-feira (3).

O presidente do Brasil acredita que os dados de satélite mostram que o fogo na Floresta Amazônica estava em nível normal, mas “muitos turistas cancelaram suas viagens ao Brasil por causa desses falsos incêndios”.

Renzo lançou recentemente um vídeo na mídia social, atacando Macron, que “tá falando mal do meu país. O único fogo que tem é no coração dos brasileiros e do nosso presidente, seu palhaço. Vem aqui que tu vai tomar um gogó nesse pescoço, nesse pescoço de franga”.

Além disso, Renzo abriu fogo sobre Bridget, esposa de Macron, chamando-a de "dragão" e dizendo que o fato de Macron conviver com um dragão não fez dele um "especialista em fogo".

Como há indícios de que o vídeo de Renzo tenha sido gravado no jantar, Brieuc comentou sobre o absurdo insinuando que Renzo estava bêbado, lhe dando conselho: " Cachaça deve ser consumida com moderação, e nó de gravata, ajustado. Sem falar dos modos na mesa ".

As observações de Renzo aprofundaram o conflito entre o Brasil e a França. O Jornal Folha de São Paulo, do Brasil disse que desde os anos sessenta, o Brasil está enfrentando a mais grave crise diplomática, e a França é uma das principais fontes de investimento estrangeiro do Brasil.

De acordo com o Correio de Brasília, as diferenças entre os dois países pode afetar projetos de cooperação bilateral, especialmente nos domínios econômico, comercial e militar.

O primeiro submarino movido a energia nuclear do Brasil depende da tecnologia francesa, e os dois países assinaram acordos de cooperação sobre a fabricação de helicópteros. O acordo de livre comércio com a UE-MERCOSUL também pode ser bloqueado pela França.