Brasil inaugura sua primeira usina solar fotovoltaica flutuante

Fonte: Xinhua    06.08.2019 16h45

Rio de Janeiro, 5 ago (Xinhua) - O Brasil inaugurou nesta segunda-feira sua primeira usina solar fotovoltaica flutuante, situada em uma represa no noroeste do país e que tem capacidade de gerar 1 megawatt-pico (MWp) de energia.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, inaugurou a usina flutuante, que transforma a luz solar em energia elétrica, ancorada no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, no estado da Bahia e pertence à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

A usina solar fotovoltaica flutuante tem 3.792 módulos de placas solares, área total de 11 mil m² e uma potência de geração de 1 MWp. Ela é fixada ao fundo do lago por cabos, com material próprio para suportar o peso das placas e dos trabalhadores que atuam na construção e manutenção.

Trata-se de um primeiro projeto do governo federal, que pretende instalar painéis solares em espelhos da água, para atrair investimentos privados e promover leilões de geração de energia renovável na área de transposição do Rio São Francisco.

Ao longo dos próximos meses, o governo espera instalar uma segunda usina, com uma capacidade para gerar 2,5 MWps. O investimento para a instalação das duas usinas é de 56 milhões de reais (US$ 14,5 milhões).

"Esse solo escaldante e esse calor abundante é o que vão gerar energia para que os motores funcionem e irriguem o nosso sertão de verdade", disse o presidente Bolsonaro, durante a inauguração da usina da Chesf. "Essa nova forma de buscar energia com placas fotovoltaicas em cima de um lago como esse aqui é bem-vinda ao Brasil", acrescentou.

Segundo Bolsonaro, se todo o potencial do espelho d'água de Sobradinho fosse utilizado para energia solar fotovoltaica, seria possível gerar 60% mais energia do que as próprias turbinas da usina hidrelétrica. O reservatório de Sobradinho tem uma superfície de 4,2 mil quilômetros quadrados, com uma hidrelétrica capaz de gerar 1,05 mil MegaWatt.

A intenção do governo é usar outras placas solares ao longo dos 477 quilômetros dos canais de transposição do rio São Francisco, o principal na árida região do noroeste do Brasil.

Além de gerar energia, as placas devem ajudar a reduzir a evaporação da água. Nas laterais dos canais também poderão ser implantadas placas solares.

Segundo o governo, entre as vantagens de utilizar plataformas flutuantes, está o fato de não haver necessidade de desapropriação de terras, além de permitir aproveitar as mesmas subestações e linhas de transmissão que escoam a energia produzida pela hidrelétrica.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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