Banco Central do Brasil reduz taxa de juros básica de 6,5% para 6% ao ano

Fonte: Xinhua    01.08.2019 14h08

Brasília, 31 jul (Xinhua) -- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro anunciou nesta quarta-feira um corte de meio ponto percentual na taxa de juros básica Selic de 6,5% para 6% ao ano, na primeira redução dos juros desde março do ano passado.

Com a decisão, a taxa caiu para o menor patamar desde o início do regime de metas de inflação, em 1999.

A medida já era esperada por analistas do mercado financeiro, embora uma parte previa a queda menor, para 6,25% ao ano. O percentual é o menor da série histórica do Banco Central, que começou em 1986.

A redução da taxa de juros ocorre em um contexto de uma atividade econômica menos intensa que o esperado para esse ano e, também, devido ao avanço da reforma das aposentadorias enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso.

Segundo a pesquisa Focus, realizada pelo BC entre as principais instituições financeiras e divulgada na segunda-feira, a economia brasileira terá uma expansão estimada em 0,82% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, embora no início do ano a previsão era de pelo menos 2,5%.

Os analistas acreditam também que a taxa Selic terminará este ano em 5,5% ao ano, o que significa que deverá ocorrer pelo menos mais um corte até o fim do ano.

A expectativa do mercado financeiro é de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcance 3,80% este ano.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4,25%, com um intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, o que deixa uma margem considerável para novos cortes na taxa de referência.

De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa Selic foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% em julho de 2015.

Em outubro de 2016, iniciou-se um longo ciclo de cortes na Selic, quando a taxa caiu 0,25 ponto percentual para ficar em 14% ao ano, processo que durou até março de 2018, quando a Selic chegou ao seu mínimo histórico de 6,5%, e a partir daí, foi mantida pelo Copom.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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