China procura melhorar a produção de eletricidade verde

Fonte: Diário do Povo Online    11.07.2019 13h44

A China é o único país do mundo com eletricidade acessível a todos os residentes. Enquanto o crescimento da eletricidade gerada em todo o mundo era apenas 3,7 por cento até o final de 2018, o da China atingiu 8,4 por cento no mesmo período para ultrapassar 7 trilhões de quilowatt-hora (kWh).

No ano passado, 70,4 por cento da eletricidade utilizada pela China foi produzida por energia térmica, à medida que o país progrediu na remoção de poeira, na denitrificação e nas tecnologias de dessulfuração no processamento de energia térmica.

Para reduzir o uso de energia térmica para proteção ambiental, nos últimos anos, o país tem procurado produzir eletricidade limpa a partir de recursos energéticos renováveis, como água, vento e energia solar.

Os recursos hídricos da China e a potencial capacidade hidroeléctrica instalada são ambos os maiores do mundo. No ano passado, cerca de 1,23 trilião de kWh de eletricidade foi gerado pela energia aquática, que é equivalente ao produzido por 400 milhões de toneladas de carvão.

No entanto, a China sofre de uma distribuição desigual de recursos hídricos. O sudoeste da China, que abriga numerosos rios e lagos, detém mais de 60 por cento dos recursos hídricos exploráveis. Oito das 13 maiores centrais hidroelétricas da China estão sediadas nesta região.

Para enviar energia verde para atender às demandas de regiões de outras partes do país, como o leste da China, o país começou a construir linhas de transmissão de energia.

Uma linha de transmissão de energia de 500-kv que liga o projeto de energia hidrelétrica de Gezhouba com Shanghai, Jiangsu e províncias de Guangdong foi estabelecida em 1990, para garantir a obtenção da enorme demanda de energia da região leste.

Ano passado, o projeto Três Gargantas gerou 100 bilhões de kWh de eletricidade, 40 por cento de toda a energia produzida na província de Hubei, onde o projeto está baseado.

Contudo, uma vez que a China reforçou a aprovação da construção de centrais hidroelétricas e exige uma avaliação mais rigorosa, são necessárias mais alternativas de energia limpa.

Não é fácil acessar o potencial de energia eólica e solar porque essa energia é facilmente afetada pelo clima e a distribuição é desigual.

Na China, a maior parte do potencial eólico está localizada em áreas do norte, como Xinjiang, Mongólia Interior e província de Gansu, longe das regiões do leste fortemente povoadas e com fome de energia.

Em 2017, a energia eólica gerou 55.1 bilhões de kWh de eletricidade para a Mongólia Interior, quase vinte por cento da energia total do país produzida pela energia eólica.

A duração do sol no oeste do planalto Qinghai-Tibete, sul de Xinjiang, Gansu e Ningxia pode exceder 3.000 horas dentro de um ano, em comparação com apenas 1.000 horas nas províncias de Sichuan e Guizhou.

No entanto, grande parte da energia gerada nesses lugares foi desperdiçada porque eles precisam de menos energia do que é produzida. Em 2017, Gansu e Xinjiang desperdiçaram 33 por cento e 29 por cento da capacidade de geração de energia eólica, respectivamente.

Para entregar a energia verde abundante às regiões orientais, em 2014 o país construiu uma linha de transmissão de energia 800-kv que corre da região de Xinjiang Hami para Zhengzhou na província de Henan da China central. Em 2017, outra linha de transmissão de energia 800-kv entre Jiuquan em Gansu e Xiangtan na província de Hunan da China central também foi construída. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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