Sinais otimistas para a economia da China no Davos de Verão

Fonte: Xinhua    02.07.2019 10h57

Dalian, 2 jul (Xinhua) -- Apesar dos ventos contrários oriundos das fricções comerciais, crescente protecionismo e incertezas no mundo, há muitas razões para sermos otimistas sobre as perspectivas econômicas da China, disseram na segunda-feira especialistas e líderes empresariais.

Em um sub-fórum da Reunião Anual dos Novos Campeões 2019, conhecida como Davos de Verão, se prevê fortes dinâmicas para a economia da China em 2019 graças ao consumo robusto e a modernização industrial saudável do país.

Ning Gaoning, presidente da companhia química chinesa Sinochem Group, disse que apesar da fricção comercial, os próximos anos seriam um bom tempo para as empresas chinesas entrarem em uma fase de desenvolvimento racional.

"As empresas chinesas serão incentivadas a prestar mais atenção às metas de longo prazo e pesquisa e desenvolvimento. Elas destacarão a gestão e o mercado nacional, se tornando mais cautelosas sobre o investimento e adotando um modo de crescimento mais racional", opinou Ning.

"Depois desta fase, a China se tornará um país dirigido pela pesquisa e desenvolvimento, e isso (concentração em pesquisa e desenvolvimento) já está acontecendo em grande escala entre as empresas chinesas", avaliou.

Zhu Min, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Financeira, disse que a competitividade essencial da China está em sua cadeia industrial manufatureira completa, que está agora abraçando a inteligência artificial (IA) para impulsionar a automatização e níveis de inteligência.

"O esforço em direção à automatizado e manufatura inteligente representa oportunidades e desafios imensos para a China", indicou o especialista. "O uso de robôs e a automatização pela China estão ainda em um nível muito baixo, o que significa grande espaço para alcançar".

Joachim von Amsberg, vice-presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), também viu um cenário otimista conforme a China avança para um modelo de crescimento mais equilibrado.

Segundo ele, os atuais rompimentos na cadeia de fornecimento mundial se acrescentarão à determinação da China para desenvolver sua indústria de alta tecnologia.

"ENORME MERCADO"

Enquanto o país desceu a partir do crescimento de dois dígitos para 6,6% em 2018, Von Amsberg disse que o ritmo mais lento do PIB ainda "acrescenta mais à produção mundial todos os anos do que os 10% há 10 anos", porque a economia no passado era muito menor em tamanho.

Jing Ulrich, vice-presidente da Ásia-Pacífico do JPMorgan Chase, uma companhia de banco de investimento dos Estados Unidos, concordou, dizendo que a China é atualmente um contribuinte líder para o crescimento mundial.

Entre toda a propaganda sobre a fuga de fabricantes e encolhimento na confiança de investimento no país, Ulrich observou uma tendência diferente.

"Nós aconselhamos muitos investidores internacionais de primeira classe, companhias multinacionais e empresas chinesas estes dias, e todo mundo está querendo investir mais na China", disse ela, observando o mais recente foco dos investidores no setor de tecnologia à medida em que o país passa por uma modernização industrial.

Um dos encantos é o enorme mercado em um país de quase 1,4 bilhão de pessoas, cada dia mais prósperas. Os especialistas destacaram os enormes potenciais no mercado consumidor em meio à rápida urbanização e revitalização rural do país.

"Eu vejo o consumo avançar apesar das incertezas econômicas. Os chineses estão realmente abrindo suas carteiras, gastando mais e poupando menos", assinalou Ulrich. "As pessoas não só estão comprando bens, eles estão na realidade desfrutando de serviços. Por isso, viagens, entretenimento, serviço de saúde e educação estão crescendo rapidamente na China."

(Web editor: Renato Lu, editor)

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