Bolsonaro pede "castigo severo" para sargento preso por traficar cocaína

Fonte: Xinhua    27.06.2019 14h14

São Paulo, 26 jun (Xinhua) -- O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira ser "inaceitável" e pediu um "castigo severo" para o sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) que fazia parte da comitiva de apoio à viagem do chefe do Estado ao Japão para a cúpula do G20.

Em seu twitter, Bolsonaro publicou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, detido pelas autoridades espanholas ao descer do avião da Força Aérea em Sevilha, onde o avião presidencial deveria fazer uma escala no trajeto até Osaka, não fazia parte de sua equipe.

"Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem, ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi uma investigação imediata e punição severa ao responsável pelos entorpecentes encontrados no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país", afirmou.

Bolsonaro soube da prisão antes de embarcar na noite de terça-feira em Brasília e o avião presidencial fez a parada logística para reabastecimento em Portugal, em vez da Espanha. A Rede Globo atribuiu a "fontes militares" a informação de que a rota mudou devido ao acontecimento.

Segundo a polícia espanhola, o sargento da Aeronáutica foi detido com 37 pacotes de cocaína que tinham um total de 39 quilos, quando os tripulantes e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário na chegada ao aeroporto.

A imprensa local informou que Silva Rodrigues participou também de viagens com os dois antecessores de Bolsonaro -Dilma Rousseff e Michel Temer- em deslocamentos dentro e fora do Brasil.

O vice-presidente da República e presidente em exercício, o general da reserva, Hamilton Mourão, comentou que o sargento trabalhava como 'mula', termo usado para descrever quem transporta entorpecentes no tráfico.

"É óbvio que pela quantidade de droga que o cara estava levando, ele não comprou na esquina e levou. Ele estava trabalhando como uma mula e uma mula qualificada, vamos colocar assim", declarou a jornalistas.

Mourão acrescentou que é preciso apurar as conexões do militar detido, a fim de esclarecer o transporte de cocaína no avião da FAB.

Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, o ministério e o Comando da Aeronáutica declararam que "repudiam atos dessa natureza e darão prioridade à elucidação do caso, aplicação dos regulamentos cabíveis e colaboração com as autoridades".

(Web editor: Renato Lu, editor)

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