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Beijing, 25 jun (Xinhua) -- O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizou reuniões separadas com os chanceleres de nove países africanos na segunda-feira, e eles prometeram esforços para fortalecer a cooperação e defender o multilateralismo.
Os ministros das Relações Exteriores são Naledi Pandor (África do Sul), Palamagamba Kabudi (Tanzânia), Ezechiel Nibigira (Burundi), Aurélien Agbenonci (Benin), Nhial Deng Nhial (Sudão do Sul), Mamadou Tangara (Gâmbia), Joseph Malanji (Zâmbia), Luís Filipe Tavares (Cabo Verde) e Gbehzohngar Findley (Libéria).
Todos eles estão em Beijing para participar da Reunião dos Coordenadores sobre a Implementação das Ações Subsequentes da Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês), com o objetivo de melhor implementar os resultados da Cúpula de Beijing 2018.
Ao se reunir com Pandor, Wang elogiou a sólida confiança mútua e a amizade tradicional bem enraizada entre a China e a África do Sul.
Wang disse que a China e a África do Sul, que são importantes representantes dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento, devem defender conjuntamente as missões e os princípios da Carta das Nações Unidas, insistir no multilateralismo, aderir às normas básicas que regem as relações internacionais, e se opor à qualquer forma de unilateralismo e intimidação, a fim de promover a paz, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo.
Pandor disse que a África do Sul e todo o continente africano, como parceiros da China, para resistir conjuntamente ao unilateralismo e às práticas de intimidação, ficarão lado a lado com a China na salvaguarda do multilateralismo e de um sistema de comércio global aberto e inclusivo.
Na reunião com Kabudi, Wang expressou a disposição da China em trabalhar com a Tanzânia para manter os intercâmbios de alto nível, e aproveitar a oportunidade da construção conjunta do Cinturão e Rota e da Reunião dos Coordenadores para garantir melhores resultados para a cooperação bilateral.
Classificando a Cúpula de Beijing do FOCAC como um marco, Kabudi disse que a Tanzânia está disposta a facilitar a cooperação nos setores de construção de infraestrutura, capacidade industrial, cultura, educação, etc.
Nas respectivas reuniões com Nibigira, Agbenonci, Nhial e Tangara, Wang disse que mesmo com a atual complexidade da situação internacional, a determinação da China em fortalecer sua solidariedade e amizade com os países africanos permanece inalterada.
Nibigira disse que Burundi concordou com a Iniciativa do Cinturão e Rota e continuará a apoiar a China nos assuntos relacionados aos interesses essenciais e principais preocupações do país asiático.
Agbenonci disse que o multilateralismo é atualmente a única opção correta. Apenas através do multilateralismo pode ser ouvida a voz dos países pequenos e médios, especialmente das nações africanas, disse.
Nhial disse que o Sudão do Sul é grato pela China por sua ajuda em diversas áreas, especialmente pelo apoio e contribuições ao processo de paz no país africano.
Tangara disse desde a retomada das relações diplomáticas entre a China e a Gâmbia, a cooperação bilateral em diversas áreas registrou um rápido desenvolvimento, e que a Gâmbia pode ser confiada como uma parceira sincera da China.
Durante reuniões separadas com Malanji, Tavares e Findley, Wang disse que a China continuará a defender a justiça e buscar os princípios compartilhados de sinceridade, resultados, afinidade e boa fé.
A cooperação da China com a África é sincera e altruísta, e não tem nenhum propósito geopolítico, disse Wang, acrescentando que a China sempre seguiu o princípio de não interferência, implementou a cooperação Sul-Sul, ofereceu a ajuda que a África necessitava e a ajudou a alcançar o desenvolvimento comum.
Ele disse que a cooperação China-África é propícia para a construção de infraestruturas, benefícios econômicos e sociais, e autodesenvolvimento da África.
"A África oferece um grande palco de cooperação entre países diferentes, e não uma arena de jogo das principais potências", disse Wang, acrescentando que os "amigos africanos terão uma conclusão correta sobre quem dá verdadeiramente importância, respeito e apoio à África".
Malanji disse as alegações de que a cooperação Zâmbia-China conduziu à crise de dívidas da Zâmbia são inconsistentes com os fatos e que os empréstimos da China foram usados nas infraestruturas que a Zâmbia mais precisava, para promover o desenvolvimento econômico do país e gerar o bem-estar social.
Tavares disse que Cabo Verde estima as relações com a China e defende o princípio de Uma Só China. Ele disse que Cabo Verde está pronto para implementar integralmente os consensos alcançados pelos líderes dos dois países, promover o diálogo estratégico, e aprofundar a cooperação, particularmente a cooperação em economia marinha, para impulsionar as relações bilaterais em uma nova era.
Findley disse que a China é uma verdadeira amiga da Libéria que a ajudou a combater o Ebola e desempenhou um importante papel na reconstrução do país pós-epidemia. Ele disse que a Libéria está pronta para promover a cooperação mutuamente benéfica com a China.
Também na segunda-feira, Yang Jiechi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do PCC, se reuniu com todas as delegações participantes da reunião dos coordenadores.
A reunião será formalmente iniciada na manhã desta terça-feira.
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