Washington continuou procurando em demasia aumentos tarifários como os meios únicos para reduzir os assim chamados "desequilíbrios comerciais" com seus parceiros. Fatos e números, porém, mostram uma história diferente.
Nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações da China para os Estados Unidos caíram 3,2% em termos anuais para 1,09 trilhão de yuans, enquanto as importações desde os Estados Unidos despencaram 25,7% em termos anuais para 335,3 bilhões de yuans, impulsionando aumento do superavit da China em 11,9%, para 750,6 bilhões de yuans.
Se os Estados Unidos impuserem 25% de tarifas adicionais em todas as mercadorias importadas da China, o PIB dos EUA cairá 1,01%, com uma perda de 2,16 milhões de empregos e um ônus anual adicional de US$ 2.294 para cada família de quatro pessoas, segundo um relatório de fevereiro do Trade Partnership, um think tank dos Estados Unidos.
As medidas tarifárias não podem solucionar o problema de deficit comercial dos Estados Unidos, mas apenas mudam a estrutura de suas importações, disse Fu Xiaolan, diretora e fundadora do Centro de Tecnologia e Gestão para Desenvolvimento da Universidade de Oxford, à Xinhua em uma entrevista recente.
Ju Jiandong, diretor do Centro para Pesquisa sobre Finanças e Economia Internacionais da Universidade Tsinghua, advertiu que o pior resultado será uma quebra da cadeia de valor mundial com influência mais terrível na economia mundial que a causada pela crise financeira em 2008.
Como economias, avançadas e emergentes, nunca foram tão entrelaçadas antes, e nenhum elaborador de políticas têm condições de ficar com raiva e agir irresponsavelmente.