
Beijing, 6 jun (Xinhua) -- Afetadas pela fricção comercial, as importações de soja e carne suína pela China dos Estados Unidos caíram acentuadamente, enquanto as compras desde outros países registraram crescimento significativo, informou o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira.
Nos primeiros quatro meses do ano, as importações de soja da China caíram 7,9% em termos anuais, com as compras oriundas dos Estados Unidos despencando mais de 70% em relação a um ano atrás, ficando em 4,31 milhões de toneladas, revelou o porta-voz da pasta, Gao Feng.
Em contraste, as importações de soja desde o Brasil saltaram 46,8% e as da Argentina viram um crescimento de 23 vezes, para 2,15 milhões de toneladas durante o mesmo período.
A China é o maior mercado exterior para a soja dos Estados Unidos. As estatísticas mostram que as exportações do produto estadunidense para o país asiático responderam por 62,3% do total de suas exportações de soja em 2016. A proporção caiu para 17,9% em 2018, como resultado das políticas de protecionismo comercial dos Estados Unidos.
A fricção comercial também afetou as importações de carne suína, que caíram no geral 0,9% em termos anuais, para 774 mil toneladas nos primeiros quatro meses de 2019.
Gao apontou que as importações chinesas de carne suína dos EUA no período de janeiro a abril diminuíram 53,6% ante o ano passado, enquanto as provenientes da Espanha, Canadá, Reino Unido e Holanda, todas aumentaram em mais de 10% em termos anuais durante o mesmo período.
"O mercado chinês é um mercado aberto onde os produtos competitivos de todos os países são bem-vindos", disse Gao.
Ele também destacou que os dados de importação de soja e carne suína mostram que o protecionismo comercial e a intimidação dos Estados Unidos causaram um enorme impacto no comércio de produtos agrícolas entre os dois países, prejudicando ambos os lados.
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