A China urgiu na terça-feira os EUA a enfrentarem a realidade e pararem de ser tendenciosos, respondendo a um comunicado conjunto do representante do Comércio, Robert Lighthizer, e do Departamento do Tesouro.
O comunicado disse que os EUA estavam desapontados com o livro branco e, uma vez mais, acusaram a China de “voltar atrás” nas consultas econômicas e comerciais bilaterais.
“O comunicado volta a recorrer a argumentos infundados”, disse Geng Shuang, porta-voz da chancelaria chinesa durante uma coletiva de imprensa.
O livro branco, “A posição da China nas Consultas Econômicas e Comerciais China-EUA”, restaurou completa e precisamente o processo de consultas e apresentou os “fatos e a verdade”, disse Geng.
Citando o livro branco, Geng disse que qualquer revés ocorrido durante as consultas é resultado de uma quebra de consensos, compromissos e recuos dos EUA.
O comunicado dos EUA acusou também a China de levar a cabo “práticas comerciais injustas”. Geng disse que o papel branco emitido pela China a 24 de setembro do ano passado, intitulado “Os Fatos da Posição Chinesa na Fricção Comercial China-EUA”, responderam e refutaram as falsas acusações comerciais contra a China em matéria de deficit comercial, propriedade intelectual, transferências tecnológicas e outras questões.
“Eu aconselho os EUA a lerem cuidadosamente os dois livros brancos publicados pela China e a deixarem de ser egocêntricos”, disse ele.
“As medidas tarifárias não tornarão os EUA grandes de novo. Pelo contrário, colocarão a economia do país em sério risco”, disse Geng.
Geng afirmou que era correto resolver as fricções comerciais através do diálogo e negociação, acrescentando que atingir um acordo mutuamente benéfico, baseado no respeito mútuo, igualdade, boa-fé e credibilidade, não só beneficiaria as duas partes, mas também corresponderia às expectativas gerais da comunidade internacional.
A China está determinada a defender os seus direitos e interesses legítimos, disse Geng, apelando aos EUA para ficarem conscientes da situação tão cedo quanto possível, retomando ao caminho certo das negociações com a China.