China condena acusações de adotar “política antimuçulmana”

Fonte: Diário do Povo Online    19.04.2019 11h26

BEIJING, 19 de abr (Diário do Povo Online) – Beijing, rejeitou resolutamente na quarta-feira (17) alegações de que está adotando uma política anti-muçulmana na Região Autónoma de Xinjiang, tendo deixou o apelo a alguns meios de comunicação internacionais para que desistam de espalhar boatos infundados.

"Em relação à pergunta sobre se a China tem uma política anti-Islâmica, posso garantir que não existe tal coisa", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang.

"A China segue políticas que protegem a liberdade à crença religiosa, e, como outros países, administra os assuntos religiosos de acordo com a lei. Estamos resolutamente rejeitando e combatendo o extremismo religioso", disse o porta-voz, acrescentando que "a normalidade das atividades religiosas dos crentes são garantidas em conformidade com a lei e os costumes".

Lu destacou ainda que existem atualmente "mais de 350.000 mesquitas na China", nas quais a "comunidade de 20 milhões de muçulmanos do país é livre para praticar a sua religião de acordo com a lei".

"Esperamos que os meios de comunicação concernentes atuem de modo mais consciente e que honrem a ética profissional em vez de elaborar histórias falsas", alertou.

O oficial descartou também a referência de "campos de reeducação" em Xinjiang. "Antes de mais, preciso de corrigi-lo face ao que refere como 'campos de reeducação'. Não tenho conhecimento de nenhum desses ‘campos’ na China ", afirmou Lu perante os repórteres.

Xinjiang enfrenta há muito a ameaça de ataques terroristas iminentes, mas a região tomou medidas para prevenir e combater crimes violentos de terrorismo de acordo com a lei. Os programas de educação e treinamento vocacional são uma dessas medidas, disse Lu.

O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou relatos de algumas mídias internacionais sobre a suposta repressão a minorias religiosas e sobre o tratamento da minoria uigur muçulmana e de outros grupos étnicos em Xinjiang como "falsas acusações". O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, apelou ao mundo para que ignore os "boatos" e confie no governo chinês.

Em dezembro de 2018, o governo chinês publicou um livro branco intitulado "Progresso nos Direitos Humanos nos 40 anos de Reforma e Abertura na China", que reitera, entre outras coisas, o direito do povo chinês de praticar sua religião.

Nos últimos meses, a China organizou viagens a Xinjiang para diplomatas e jornalistas de vários países, para obterem informações em primeira mão e testemunharem o desenvolvimento social e econômico da região.

(Web editor: 张睿, editor)

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