BRUXELAS,8 de abr (Diário do Povo Online) - Após as recentes visitas de Estado bem-sucedidas do presidente Xi Jinping à Itália, Mônaco e França, é agora a vez do primeiro-ministro Li Keqiang rumar à Europa, entre os dias 8 e 12 de abril.
No advento da visita de Li - que se deslocará a Bruxelas, para a reunião de líderes da União Europeia e China, e à Croácia, para uma visita oficial e para o 8º encontro dos líderes da China e dos Países da Europa Central e do Leste – o enviado chinês à UE disse que uma “primavera amena” para o desenvolvimento das relações China-UE está próxima.
O embaixador Zhang Ming, líder da missão chinesa para a UE, disse que as relações China-EU estão ganhando diversas características.
Em primeiro lugar, a confiança mútua estratégica tem vindo a ser continuamente consolidada entre as duas partes.
O presidente Xi Jinping escolheu a Europa para a sua última viagem ao exterior no ano passado e para a sua primeira visita este ano, reforçou Zhang, acrescentando que durante a recente viagem de Xi à França, líderes da China, França, Alemanha e da UE realizaram um encontro especial em Paris, enviando uma mensagem clara ao mundo de aprofundamento da confiança estratégica mútua entre a China e a UE.
Em segundo lugar, existem cada vez mais interesses comuns entre a China e a UE, disse Zhang, em consequência da UE ter sido o maior parceiro de negócios da China por 15 anos consecutivos, e da China, por seu turno, se ter tornado o segundo maior da UE.
Em 2018, o comércio entre a China e a UE excedeu os 682 bilhões de dólares, firmando um novo recorde, o que significa que o volume comercial entre ambas as partes superou um milhão de dólares a cada minuto, em média.
No mês passado, a legislatura nacional da China adotou a lei de investimento estrangeiro. Zhang disse que a lei se trata de outro marco da reforma e abertura chinesa, a qual irá contribuir significativamente para a liberalização e facilitação do investimento entre a China e a UE, bem como para criar maiores oportunidades para a cooperação entre ambas as partes.
Em terceiro lugar, a cooperação bilateral dentro do enquadramento da iniciativa do Cinturão e Rota foi também consolidada e atingiu resultados tangíveis, assinalou Zhang.
No ano passado, a UE emitiu uma estratégia para melhor conectar a Europa e a Ásia, na qual a China foi claramente identificada como parceira importante da UE, afirmou.
Recentemente, a Itália e o Luxemburgo assinaram um memorando de entendimento, respetivamente, para a participação na iniciativa do Cinturão e Rota, aumentando o número de documentos congêneres – entre governos e departamentos governamentais – para 22 na Europa.
Em quarto lugar, o significado global das relações China-UE tem se tornado cada vez mais proeminente, ressaltou Zhang, acrescentando que as duas partes atingiram um consenso de 10 pontos no recém concluído Diálogo Estratégico de Alto Nível China-UE, em março, incluindo o apoio ao multilateralismo e à construção de uma economia aberta.
A China e a UE estão reforçando a sua coordenação e cooperação no sistema das Nações Unidas e dando toda a relevância do papel construtivo dos mecanismos multilaterais globais e regionais, incluindo a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, entre outros, disse Zhang.
A China e a UE promovem a resolução de disputas internacionais pela via política, bem como o combate às alterações climáticas, disse ele.
Zhang acredita que este encontro irá injetar um novo ímpeto na parceria integral estratégica China-UE, bem como promoverá a estabilidade e a natureza estratégica de benefício mútuo das relações bilaterais.