O presidente do Brasil Jair Bolsonaro (D) cumprimenta o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu durante a cerimônia de boas vindas no Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, Israel, a 31 de março, 2019. Bolsonaro chegou em Israel no domingo para uma visita oficial, onde era esperado para anunciar se a Embaixada do Brasil será transferida de Tel Aviv para Jerusalém.
Bolsonaro foi recebido no Aeroporto Ben Gurion, com uma cerimônia oficial, que contou com a presença do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e a esposa Sara.
Em uma declaração no Aeroporto, Netanyahu afirmou que a visita anuncia um "clímax" nas relações entre os dois países.
"Estamos fazendo história juntos", assegurou ele.
Durante a viagem de quatro dias, Bolsonaro e Netanyahu assinarão um acordo bilateral. Os dois líderes devem entregar suas declarações esta noite.
O itinerário do presidente Bolsonaro inclui também visita ao Muro Ocidental, conhecido como o Muro das Lamentações no Islã, o controverso sítio religioso no Leste da velha Jerusalém, acompanhado por Netanyahu e diversas forças militares.
A visita vem em seguida a viagem de Netanyahu ao Brasil em dezembro, durante a qual atendeu a cerimônia de inauguração de Bolsonaro e realizou reunião pessoal com o presidente brasileiro.
Bolsonaro prometeu diversas vezes a realocação da Embaixada brasileira para Jerusalém, tal movimento pode ocasionar maior tensão entre israelense e palestinos.
Entretanto, a mídia israelense disse que, durante a visita, Bolsonaro pode anunciar a abertura de um escritório de representação estrangeira ao invés do remanejamento para Jerusalém.
Israel capturou o leste de Jerusalém na Guerra do Oriente Médio de 1967 tornando-o parte “invisível da capital”, enquanto os palestinos viam o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro estado.
A comunidade international, em sua maioria, viu o leste de Jerusalém como território ocupado pelos palestinos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu inesperadamente Jerusalém como capital de Israel, em dezembro de 2017, realizando então a transferência de sua Embaixada em maio de 2018, o que provocou ondas de violência entre israelenses e palestinos.