Presidente do Brasil visita Israel em meio a controvérsias sobre local da Embaixada

Fonte: Diário do Povo Online    01.04.2019 14h35

O presidente do Brasil Jair Bolsonaro (D) cumprimenta o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu durante a cerimônia de boas vindas no Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, Israel, a 31 de março, 2019. Bolsonaro chegou em Israel no domingo para uma visita oficial, onde era esperado para anunciar se a Embaixada do Brasil será transferida de Tel Aviv para Jerusalém.

Bolsonaro foi recebido no Aeroporto Ben Gurion, com uma cerimônia oficial, que contou com a presença do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e a esposa Sara.

Em uma declaração no Aeroporto, Netanyahu afirmou que a visita anuncia um "clímax" nas relações entre os dois países.

"Estamos fazendo história juntos", assegurou ele.

Durante a viagem de quatro dias, Bolsonaro e Netanyahu assinarão um acordo bilateral. Os dois líderes devem entregar suas declarações esta noite.

O itinerário do presidente Bolsonaro inclui também visita ao Muro Ocidental, conhecido como o Muro das Lamentações no Islã, o controverso sítio religioso no Leste da velha Jerusalém, acompanhado por Netanyahu e diversas forças militares.

A visita vem em seguida a viagem de Netanyahu ao Brasil em dezembro, durante a qual atendeu a cerimônia de inauguração de Bolsonaro e realizou reunião pessoal com o presidente brasileiro.

Bolsonaro prometeu diversas vezes a realocação da Embaixada brasileira para Jerusalém, tal movimento pode ocasionar maior tensão entre israelense e palestinos.

Entretanto, a mídia israelense disse que, durante a visita, Bolsonaro pode anunciar a abertura de um escritório de representação estrangeira ao invés do remanejamento para Jerusalém.

Israel capturou o leste de Jerusalém na Guerra do Oriente Médio de 1967 tornando-o parte “invisível da capital”, enquanto os palestinos viam o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro estado.

A comunidade international, em sua maioria, viu o leste de Jerusalém como território ocupado pelos palestinos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu inesperadamente Jerusalém como capital de Israel, em dezembro de 2017, realizando então a transferência de sua Embaixada em maio de 2018, o que provocou ondas de violência entre israelenses e palestinos. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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