Rio rescinde contrato do Estádio Maracanã

Fonte: Xinhua    20.03.2019 08h54

Rio de Janeiro, 20 mar (Xinhua) -- Um consórcio liderado pela Odebrecht, empresa brasileira de construção civil envolvida na crescente investigação de corrupção Lava Jato, perdeu uma concessão para operar o emblemático Estádio do Maracanã.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou nesta segunda-feira a decisão, acusando o Consórcio Maracanã de dever ao Estado cerca de US$ 10 milhões em direitos não pagos há dois anos.

"Estamos retomando o Maracanã", disse Witzel em entrevista coletiva. "Ele será administrado pelo Estado em parceria com os clubes. Não vejo nenhuma dificuldade nisso".

O Consórcio Maracanã recebeu uma concessão de 35 anos para operar o estádio em 2013, após uma reforma de 500 milhões de dólares americanos para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

O estádio sofreu períodos de negligência nos últimos dois anos e meio, apesar da realização de jogos regulares dos clubes de futebol locais, Flamengo e Fluminense.

Witzel disse que a recisão entrará em vigor dentro de 30 dias, acrescentando que o Maracanã será operado no futuro sob um acordo de cooperação entre os setores público e privado.

Além das supostas violações contratuais, Witzel disse que o estádio não poderia ser administrado por uma empresa ligada à Lava Jato, considerada o maior escândalo de corrupção do Brasil.

Vários executivos da Odebrecht, incluindo seu presidente, foram presos por participarem de um esquema em que investigadores disseram que bilhões de dólares foram canalizados para políticos em troca de contratos públicos lucrativos.

O Consórcio Maracanã informou que comentaria depois de analisar a decisão.

Witzel disse que a decisão não afetará a Copa América, que será disputada no Brasil de 14 de junho a 7 de julho. O Maracanã está programado para sediar cinco partidas do torneio, incluindo a final.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

Artigos Relacionados

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos