Beijing, 9 mar (Xinhua) -- Não há "vácuo" no Afeganistão que necessite ser preenchido porque aquela terra pertence ao povo afegão, disse na sexta-feira o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.
A China pede que a comunidade internacional dê apoio firme ao processo de reconciliação "liderado e pertencente ao Afeganistão" e faça um papel construtivo do lado de fora para construir um ímpeto para diálogo, disse Wang em uma coletiva de imprensa na margem da sessão legislativa anual do país.
"Procurar paz exige mais coragem que incitar conflito", disse Wang, acrescentando que o Afeganistão está em um momento crítico, pois há tanto o amanhecer potencial da paz quanto uma escalada de riscos e desafios.
"Pedimos que todas as partes no Afeganistão alimentem a esperança pelo maior bem do país e o povo, aproveitem a grande oportunidade para a reconciliação política, resolvam as diferenças pelo diálogo e deem as mãos para impulsionar a abertura da porta à paz", disse ele.
Este ano marca o centenário da independência afegã. Wang disse que "queremos muito que aquele país, após sofrer tanto, tenha uma renascimento, domine o destino nas suas próprias mãos de agora em diante e tenha independência verdadeira e paz duradoura."
O Afeganistão não deve se tornar outra vez uma arena de competição de grandes potências, nem deve ser sujeito a conflitos e desordens incessantes, disse ele. "Como vizinha e amiga do Afeganistão, a China respeitará os desejos e as necessidades do povo dele, continuará a fazer o seu melhor pela reconciliação e reconstrução no Afeganistão."