Por Fang Yuan, Li Zong e Wang Meilin, Diário do Povo
BEIJING, 6 de mar (Diário do Povo Online) - “A abertura da China ao exterior será cada vez maior”, assim se define uma das principais mensagens da China ao mundo nos últimos anos. Como avaliar o vigor de abertura da China após 40 anos da implementação da política de reforma e abertura? Recentemente, os repórteres do Diário do Povo visitaram vários postos comerciais em Heilongjiang, Guangxi, entre outras áreas fronteiriças do país para perceber de que modo se desenrola a atividade comercial aduaneira e as alterações que as regiões têm vindo a experienciar.
Na área de Suifenhe-Dongning, na província de Heilongjiang, o tempo médio de desembaraço alfandegário foi reduzido em mais 1/3 no ano passado. A capacidade do porto local foi aumentada em 38.5 toneladas.
“Para uma empresa de exportação de fruta e legumes como a nossa, o tempo é fundamental. Antes, os processos aduaneiros levavam um dia inteiro, e isso tinha influência na frescura dos nossos produtos. Agora, com a maior fluidez no desembaraço, é muito mais conveniente”, afirmou Wang Yingdong, líder da Suifenhe Lanyang International Logistics Group, uma empresa do setor agrícola.
A velocidade de circulação não se limita aos transportes usados, mas, essencialmente, à rapidez de execução dos processos aduaneiros, cujo tempo foi reduzido ao ponto de serem apenas necessários 20 segundos.
Foi decidido o ano passado pelo Conselho de Estado que seria estabelecida em Dongxi, na Região Autônoma de Guangxi, a Zona Piloto de Turismo Fronteiriço de Fangcheng. O governo municipal de Dongxing tem vindo a mover esforços para explorar métodos de dinamização do turismo em todas as frentes.
A cidade de Dongxing, um dos elos entre a China e a ASEAN, faz fronteira com a cidade de Mong Cai, no Vietnã, estando estas apenas separadas por um rio. Depois do porto ter sido atualizado, a circulação de pessoas aumentou de 20,000 para 50,000 diariamente. O tempo necessário para os procedimentos de passagem de fronteira é de apenas 6 segundos.
De acordo com o responsável pela circulação fronteiriça de pessoas na cidade de Dongxing, entre 1 de janeiro e 14 de fevereiro, os postos de entrada e saída inspecionaram mais de 1,63 milhões de pessoas, 400,000 dos quais se dirigiram ao Vietnã em turismo. A taxa de crescimento em termos homólogos foi de 58,4% - um recorde histórico.
Em Erlianhot, na Mongólia Interior, abundam trens carregados de produtos rumo à Europa Central, enquadrados num percurso que abrange vários dos países da iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”. Com o aprofundamento da última, e com o rápido desenvolvimento do intercâmbio comercial entre a China, Mongólia, e Rússia a indústria de logística em Erlianhot, na Mongólia Interior, tem vindo a expandir-se continuamente.
A central ferroviária local é responsável por mais de 70% do comércio sino-mongol. Uma grande parcela do comércio sino-russo passa também por, com volumes que crescem de ano para ano. A central compreende um complexo sistema logístico capaz de efetuar operações de transporte, armazenamento, processamento, entre outras, sendo um dos principais eixos da Nova Rota da Seda.
De Heilongjiang, a Guangxi, à Mongólia Interior, os centros alfandegários têm vindo a renovar a vitalidade da China no contexto da sua crescente abertura ao exterior. Tal como o presidente Xi Jinping destacou na sua mensagem de ano novo para 2019: “Uma China em movimento, é plena de vitalidade e prosperidade”.