Austrália e Brasil iniciam ação na OMC contra Índia por subsídios ao açúcar

Fonte: Xinhua    01.03.2019 14h18

Camberra, 1º mar (Xinhua) -- A Austrália lançou uma ação da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Índia por causa dos subsídios ao açúcar.

Simon Birmingham, ministro do Comércio da Austrália, anunciou na noite de quarta-feira que o governo decidiu intensificar a disputa com o Brasil se unindo à Austrália.

Os dois países alegaram que os subsídios pagos aos produtores de açúcar indianos pelo governo do país levaram a uma oferta mundial abundante de açúcar e preços significativamente mais baixos, prejudicando seus próprios agricultores.

"Isso está prejudicando os agricultores de cana e os usineiros, seja na Austrália, no Brasil ou em qualquer outro país do mundo", disse ele a repórteres.

Birmingham disse que a Austrália manifestou suas preocupações à Índia em vão, deixando ao governo "nenhuma outra opção a não ser iniciar uma ação formal de disputa na OMC, junto com o Brasil".

"No ano passado, vimos cerca de 1 bilhão de dólares australianos de novos subsídios adicionais aos produtores de açúcar indianos", disse ele.

Como resultado, o preço global do açúcar atingiu um mínimo de 10 anos, paralisando os produtores de açúcar no norte da Austrália, que também tiveram de combater a seca e as inundações.

De acordo com o Conselho Australiano de Moagem de Açúcar, os subsídios podem chegar a 360 milhões de AUD em perdas para os agricultores australianos nos anos financeiros de 2017 e 2018 e 2018 e 2019.

"Essas práticas inconsistentes da OMC estão realmente prejudicando nossos agricultores e aqueles de outras partes do mundo, e é por isso que estamos seguindo esse caminho", disse Birmingham.

Ela ocorre em um momento em que a Austrália está tentando aumentar a quantidade de comércio que faz com a Índia, tendo identificado o país como um grande mercado em crescimento.

Os dois países assinaram um Acordo Integral de Cooperação Econômica em dezembro de 2018, após sete anos de negociações, e concordaram em aumentar o comércio.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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