Brasília, 11 fev (Xinhua) -- Ricardo Boechat, um dos jornalistas mais populares do Brasil, morreu nesta segunda-feira aos 66 anos em acidente de helicóptero na Rodovia Anhanguera, em São Paulo.
O piloto Ronaldo Quattrucci, que tentava fazer um pouso de emergência quando o helicóptero foi atingido por um caminhão, também morreu no acidente.
Boechat era apresentador do noticiário da rede Bandeirantes de televisão e da rádio BandNews FM, além de colunista da revista IstoÉ.
O acidente ocorreu quando o jornalista, que havia participado de manhã de um evento de um laboratório farmacêutico na cidade de Campinas, interior de São Paulo, regressava ao prédio da TV, que tem um heliporto.
O corpo do jornalista está sendo velado no Museu da Imagem e Som em São Paulo. O velório é aberto ao público e deve ocorrer até às 14h de terça-feira. Em seguida, o corpo será cremado em uma cerimônia privada com a família, em local não divulgado.
Boechat trabalhou em alguns dos principais jornais do país, como "O Globo", "O Dia", "O Estado de S. Paulo" e "Jornal do Brasil". Durante a carreira, recebeu três Prêmios Esso, uma das maiores honrarias do jornalismo brasileiro.
Na década de 1990, Boechat teve uma coluna diária no "Bom Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou no "Jornal da Globo". Em 2014, foi eleito o jornalista mais admirado na pesquisa realizada pelo site Jornalistas&Cia, que incluiu os 100 principais profissionais do mercado.
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires, onde o pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores.
Era casado com Veruska Seibel, com quem teve duas filhas, de 12 e 10 anos, e deixou outros quatro filhos de um casamento anterior.