Professor da Universidade de Duke expulso por exortar alunos a não falarem em chinês

Fonte: Diário do Povo Online    28.01.2019 14h49

NOVA IORQUE, 28 de jan (Diário do Povo Online) - A faculdade de medicina da Universidade de Duke emitiu um pedido de desculpas e lançou uma investigação após uma administradora ter repreendido os seus estudantes por falarem chinês em um dos edifícios da faculdade.

Megan Neely, que serviu de diretora de estudos graduados no mestrado em bioestatística, escreveu um email na sexta-feira urgindo os estudantes a “usar o inglês” dentro do edifício onde o programa é ministrado.

Ela disse na mensagem, endereçada a uma lista de emails dos estudantes do programa, que dois membros da faculdade vieram fazer queixa sobre estudantes que falavam chinês em voz alta na área comum. Ela escreveu que ambos estavam desiludidos, devido aos estudantes em questão não estarem a trabalhar para melhorar o seu inglês e “queria apontar os nomes, de modo a se lembrarem, destes estudantes serem entrevistados para um estágio ou serem solicitados para um projeto de mestrado”.

Após as imagens do email terem despoletado indignação nas redes sociais, Neely abandonou o cargo de diretora de estudos graduados, de acordo com uma carta da Dra.Mary Klotman, a diretora da faculdade de medicina. Um porta-voz da universidade verificou que o email nas imagens era, de fato, o de Neely.

O jornal universitário Chronicle foi o primeiro a reportar a saída de Neely.

Klotman apresentou também um pedido de desculpas aos estudantes visados, dizendo que não existiam restrições para o uso de línguas estrangeiras. Ela disse também que o Gabinete de Equidade Institucional da universidade iria realizar uma inspeção ao programa de mestrado em bioestatística.

Neely, que continua como professora assistente, inquirida sobre a questão, não comentou o assunto.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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