Rio de Janeiro, 23 jan (Xinhua) - O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira que abrirá a economia do país para o mundo com o objetivo de tornar o Brasil um dos 50 melhores países para fazer negócios.

"O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo," disse Bolsonaro em um discurso de seis minutos no Fórum Econômico de Davos (Suiça) que marcou sua estreia em eventos internacionais.

"Podem ter certeza de que até o final do meu mandato nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará na lista dos 50 melhores países para fazer negócios", acrescentou o presidente, que tomou posse há 22 dias. Segundo um relatório do Banco Mundial, divulgado em outubro passado, o Brasil ocupava a 109ª posição nessa lista.

No discurso, Bolsonaro, prometeu também que se esforçará para aprovar reformas de ajuste fiscal "que necessitamos e que o mundo espera que façamos", citando entre elas a da Previdência Social e a tributária.

O presidente disse que diminuirá a carga tributária para "facilitar a vida" de quem produz e que trabalhará para conseguir uma estabilidade macroeconômica, respeitando contratos, promovendo privatizações e buscando um equilíbrio das contas públicas.

Bolsonaro também afirmou que o Brasil construirá associações e acordos no cenário internacional sem "viés ideológico", visando o comércio com "aqueles que comungam com práticas semelhantes à nossa".

Em outro momento de seu breve discurso, o presidente afirmou que seu governo investirá fortemente em segurança para que os estrangeiros visitem mais o Brasil, que segundo admitiu não está entre os 40 países mais visitados no mundo.

Diante das desconfianças internacionais em relação à política do governo para a preservação ambiental, Bolsonaro disse que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e afirmou que seu governo quer compatibilizar preservação do meio ambiente e biodiversidade com avanço econômico.