Beijing, 13 jan (Xinhua) -- O ministro do Comércio da China, Zhong Shan, declarou que o país continuará seus esforços para alargar acesso ao mercado para investimento estrangeiro e construir um melhor ambiente de negócios.
Em uma entrevista na sexta-feira, Zhong disse que medidas serão tomadas para diminuir listas negativas para investidores estrangeiros em zonas piloto de livre comércio (FTZs, em inglês) e em todo o país, e propriedade completamente estrangeira será permitida em mais setores.
A China impulsionará a abertura do setor de serviços e incentivará o investimento estrangeiro em manufatura e indústrias de alta tecnologia, e em regiões do centro e oeste, apontou ele, acrescentando que os governos ajudarão as empresas estrangeiras a lidarem com dificuldades para investir na China.
Para fornecer um ambiente favorável, a pasta impulsionará a lei do investimento estrangeiro e melhorará tratamento dos governos sobre reclamações de empresas estrangeiras, destacou o ministro.
Como um importante destino de investimento no mundo, a China manteve um crescimento estável no investimento direto estrangeiro (IDE) mesmo com um clima global sombrio. No primeiro semestre de 2018, seu IDE subiu 3% em termos anuais, para US$ 135 bilhões, enquanto o valor total mundial e o dos países desenvolvidos caíram 41% e 69%, respectivamente.
O Banco Mundial elevou a China em 32 lugares em termos de ambiente de negócios. Além disso, 95% das companhias pesquisadas pelo Conselho Empresarial China-EUA disseram que aumentariam o investimento ou manteriam a presença existente na China no ano seguinte.
"O mercado chinês tem enorme potencial e perspectivas firmes", exaltou Zhong. Espera-se que o consumo de bens da China aumente 9,1% em relação a 2018, para atingir 38 trilhões de yuans (US$ 5,6 trilhões), como o maior motor de crescimento por cinco anos consecutivos.
"A China está marchando estavelmente em direção ao maior país de consumo de bens", salientou Zhong.
O ministério estimulará ainda mais o consumo doméstico este ano, com medidas para promover atualizações do consumo urbano, explorar o potencial nas áreas rurais, fomentar cadeias de fornecimento modernas e promover o consumo de serviços.
O comércio exterior da China também permaneceu estável, com as importações e exportações totais aumentando 14,8%, para ficar em US$ 4,2 trilhões de janeiro a novembro, atingindo um novo patamar. O comércio de serviços aumentou 15% em relação a um ano antes, para US$ 656,2 bilhões nos primeiros dez meses de 2018, o segundo maior valor do mundo.
Zhong listou três principais tarefas do ministério em 2019: realizar a segunda exposição de importação, lidar adequadamente com as disputas comerciais com os Estados Unidos e impulsionar as FTZs piloto e o porto de livre comércio de Hainan.
A pasta implementará o consenso atingido entre os chefes de Estado da China e dos Estados Unidos, impulsionará as negociações econômicas e comerciais e expandirá a cooperação com estados e cidades, empresas e instituições não-governamentais dos Estados Unidos em um esforço para promover os laços econômicos e uma estável cooperação de benefícios recíprocos China-EUA.