Entrevista: Maior abertura da China promove regras internacionais mais justas

Fonte: Xinhua    21.12.2018 13h39

Beijing, 21 dez (Xinhua) -- A reforma e abertura de 40 anos da China continuará a aprofundar, de um modo favorável, o desenvolvimento de regras internacionais mais justas, disse o economista chinês Zhang Yuyan.

"A destreza em tratar suas relações com o restante do mundo será vital para a reforma e abertura do país no futuro", disse Zhang, diretor do Instituto de Economia e Política Mundial sob a Academia Chinesa de Ciências Sociais, em uma entrevista à Xinhua.

O país precisa encontrar um equilíbrio entre a manutenção de seu caminho de política e a defesa de seus interesses essenciais ao tentar atender a novas demandas do resto do mundo, afirmou. "Devemos explicar melhor os empenhos e as condições nacionais da China em um esforço para fazer deste processo mais tranquilo."

Apesar dos desafios representados pelo protecionismo comercial e unilateralismo, a China está ainda em um período de oportunidade estratégica desde que administre bem suas próprias tarefas, explicou.

Ao comentar sobre o desenvolvimento milagroso do país, ele apontou que é caracterizado pela adaptação do país às regras internacionais e abertura ao mercado mundial.

"Nos últimos 40 anos, a China primeiro se orientou para o sistema econômico internacional, e depois contribuiu para e liderou os esforços para a otimização do sistema", avaliou. "A abertura trouxe uma integração profunda da China e uma voz cada dia maior no sistema econômico mundial, o que é proporcional com seu peso econômico."

O atual sistema da governança econômica mundial tem como base um conjunto de regras "não neutras" fixadas nos interesses das economias desenvolvidas, que as estabeleceram, obviamente sub-representado pelas economias emergentes, comentou.

"As economias emergentes estão impulsionando ativamente a reforma do sistema em meio à ocorrência de mudanças profundas nas disparidades do poder entre as principais economias", disse. "Estamos vendo uma tendência irresistível em que elas tentam tornar o acordo institucional mais equilibrado e neutro sem desmontar o sistema inteiro ou criar um totalmente novo."

Ele comparou a competição internacional sob as atuais regras com uma corrida com Usain Bolt, atleta que estabeleceu o recorde dos 100 metros masculinos. "Vamos dizer que um estudante universitário comum correrá contra Bolt; Não há nehuma dúvida de que o aluno perderá, e isso é a situação de hoje. Mudanças precisam ser feitas para tornar o campo de jogos justo."

Zhang disse que é necessário refinar as regras para dar oportunidades aos jogadores de pistas diferentes para exercer suas vantagens respectivas em um campo de jogos justo, de modo a atingir seus lugares adequados.

"A China se fundamentará em sua abertura para promover uma economia mundial mais aberta, aumentar a cooperação na governança mundial e fazer das regras da competição mais justas", assinalou.

(Web editor: 张睿, editor)

Artigos Relacionados

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos